O Líder UNITA, Adalberto Costa Júnior acusou neste sábado (18.06), o João Lourenço de levar o combate a corrupção financeira de forma seletiva e de estar a promover corrupção eleitoral.
O líder da União Total para a Independência de Angola (UNITA), falava na província do Cuando Cubango, onde participou das comemorações do 50 anos da fundação da Liga da mulher angolana (LIMA), braço feminino da UNITA.
Dirigindo-se aos militantes do seu partido, o Adalberto Costa Júnior disse ser urgente a construção de uma Angola, onde haja um tratamento igual para todos.
No entender de Adalberto Costa Júnior “a democracia no nosso país ainda não é uma realidade”, indicou justificando que Angola é “um país em que uns são filhos e outros enteados”.
Desde a sua eleição em 2017, o atual Presidente de Angola e Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, escolheu ocombate a corrupção como o seu “cavalo de batalha”.
Mas aos olhos de Adalberto Costa Júnior, o combate a corrupção em Angola “é insuficiente, seletivo e não é dirigido de igual forma para todos”, sublinhou.
Como consequência desta suposta seletividade, advoga Costa Júnior “estamos a promover a corrupção eleitoral”.
“Sem a corrupção eleitoralo partido no poder [MPLA] não tem condições de ganhar as eleições”, concluiu.
Medo de dialogar
De um tempo há esta parte, muitas correntes da sociedade angolana têm exigido um frente-a-frente entre o Presidente do MPLA e os candidatos da oposição.
E recentemente, João Lourenço disse que sempre esteve aberto para dialogar com qualquer cidadão.
Mas, o líder da UNITA, diz que o MPLA tem medo de dialogar.
“O Partido que governa, diz que dialoga, mas quando é chamado ao diálogo ele não aparece. Tem medo”, afirma Costa Júnior.
Com a aproximação das eleições gerais, marcadas para 24 de agosto próximo, o líder da UNITA, garantiu neste sábado (18.06), que no próximos dias serão divulgadas as listas de candidaturas a deputados à Assembleia Nacional.
De acordo com Adalberto Costa Júnior, farão parte desta lista elementos vindos do bloco democrático, PRA-JÁ servir Angola e sociedade civil.