A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) recebeu um convite da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para participar no processo de observação das eleições gerais angolanas de 24 de agosto, com 36 observadores.
O presidente da Comissão Episcopal de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Gabriel Mbilingi, afirmou que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) endereçou, quarta-feira, um convite ao presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) para o credenciamento de 36 observadores nestas quintas eleições gerais de Angola, sendo esta a terceira vez que vai participar nesta qualidade, depois de 2012 e 2017.
O arcebispo do Lubango, que falava hoje numa conferência de imprensa no final da II assembleia anual dos bispos católicos, que decorreu em Luanda entre quinta-feira e hoje, começou por fazer um esclarecimento à volta do anúncio feito, segunda-feira, pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de que havia rejeitado o suposto pedido de credenciamento para observação eleitoral do Observatório Eleitoral Angolano (Obea), por “inexistência jurídico-legal”.
Segundo Gabriel Mbiligi, o Obea é uma plataforma de concertação interna de várias organizações não-governamentais, sociedade civil, igrejas, entre as quais a católica, que participam na missão de educação cívica eleitoral.
Por sua vez, o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Belmiro Tchissengueti, realçou que houve um aumento de 100% em relação às duas eleições anteriores, ou seja, em 2012 e 2017, anos em tiveram apenas 18 observadores.
“Não somos nós que limitamos o número, recebemos o convite e o número é disponibilizado a partir da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) dentro do limite de 2.000 observadores nacionais e internacionais, e neste limite são muitas organizações e à nossa igreja deram este número de 36, não nos compete a nós impor, o número é a lei que limita”, frisou.
Belmiro Tchissengueti sublinhou que com esse número, os observadores vão fazer o serviço possível.