Quintino Moreira é o mais antigo aspirante à presidência da República de Angola, entre os oito concorrentes, e tenta convencer o eleitorado pela quarta vez. Se chegar à Cidade Alta, quer acabar com assimetrias regionais.
Estreou-se como deputado nas eleições legislativas de 2008, as primeiras no país após o termino do conflito armado. Aos 40 anos, liderou então a Nova Democracia (ND), uma coligação de partidos que, na altura, conseguiu eleger dois deputados.
Em 2012, devido a uma alteração constitucional, promovida pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido no poder, em 2010, ano em que as eleições presidenciais foram definitivamente abolidas, Quintino Moreira voltou a concorrer como cabeça de lista pela Nova Democracia (ND).
Mas a coligação não conseguiu eleger um único deputado. E também não obteve 0,5% dos votos, número exigido pela lei dos partidos políticos para evitar a extinção por parte do Tribunal Constitucional.
A 12 de agosto de 2015, o Tribunal Constitucional legaliza o novo partido de Quintino Moreira, a Aliança Patriótica Nacional (APN). Concorre às eleições gerais de 2017 e, mais uma vez, não consegue eleger um único deputado, mas salva o partido da extinção, por ter obtido 0,5% dos votos.
Quintino Moreira chama a atenção para “o voto certo”
“Temos de fazer uma escolha certa, votando no partido certo, para que ter emprego não seja necessário pertencer a um partido político”, defende Quintino Moreira, de 54 anos.
“Basta ser cidadão nacional, para que tenha um emprego; basta ser cidadão nacional, para direito a uma casa; basta ser um cidadão nacional, para ter direito aos serviços de saúde. Porque a terra é nossa e o país é nosso”, sublinha o aspirante mais antigo dos oito concorrentes que tentam chegar à Cidade Alta.
Nesta campanha, diz que se for eleito Presidente da República, o governo da Aliança Patriótica Nacional (APN) vai implementar políticas que conduzam ao fim das assimetrias regionais e das desigualdades.
“Não pode haver províncias de primeira, províncias de segunda e províncias de terceira”, sublinha.