O Partido extraparlamentar Aliança Patriótica Nacional (APN) apresentou, esta segunda-feira, ao Tribunal Constitucional (TC), em Luanda, 17 mil 800 assinaturas de cidadãos nacionais que subscrevem a sua candidatura às eleições gerais de 24 de Agosto próximo, em Angola.
A informação foi avançada pelo mandatário da candidatura, Tiago Soares, quando fazia a entrega da proposta do seu partido ao director do Gabinete de Partidos Políticos do TC, Mauro Alexandre.
Tiago Soares explicou que a sua formação política cumpriu assim o pressuposto da Lei Eleitoral vigente no país, que exige um mínimo de 15 mil subscrições para concorrer às eleições gerais.
Na sua proposta de deputados à Assembleia Nacional (Parlamento), a APN apresentou uma lista de cinco candidatos efectivos e igual número de suplentes para cada uma das 18 províncias do país e os 130 para o círculo nacional.
Vai concorrer com Quintino António Moreira para a Presidência da República e Ana Patrícia da Gama para a Vice-Presidência.
De acordo com Tiago Soares, “a APN, partido sem assento parlamentar liderado por Quintino Moreira, pretende tornar-se na segunda maior força política da oposição e continuar a ser um partido congregador de todas as faixas etárias, com uma atenção especial para a juventude”.
O partido fundado e liderado por Quintino Moreira tornou-se na terceira formação política a entregar ao TC a lista dos seus candidatos a Presidente da República, Vice-Presidente da República e deputados à Assembleia Nacional (Parlamento), depois do MPLA e da CASA-CE.
Fundada em 2015, a APN foi o partido menos votado nas últimas eleições gerais de 2017 com 0,5 por cento dos votos (34.976), uma votação insuficiente para eleger um deputado mas suficiente para evitar a extinção.
O MPLA, partido no poder, formalizou a sua candidatura, a 08 de Junho corrente, com uma lista de 355 potenciais deputados, seguindo-se a coligação eleitoral CASA-CE, a 15 do mesmo mês, com 120 candidatos.
O período de apresentação de candidaturas, que teve início a seis deste mês, vai até sexta-feira próxima (25).
Após essa fase, os partidos políticos terão 10 dias para o suprimento de eventuais irregularidades ou insuficiências nos processos apresentados.
Estão habilitados a concorrer às eleições gerais deste ano 13 formações políticas no total, designadamente MPLA, UNITA, FNLA, PRS (Partido de Renovação Social), Bloco Democrático (BD), APN, P-NJANGO (Partido Nacionalista para a Justiça em Angola), o Partido Humanista Angolano (PHA) e cinco outros partidos integrados na eleitoral CASA-CE.
Estas serão as quintas eleições gerais da história de Angola depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.