O MPLA, no poder em Angola desde 1975, e o principal adversário, a UNITA, mostram hoje em Luanda e Benguela a sua capacidade de mobilização em dois atos políticos, no arranque da campanha para as eleições de 24 de agosto.
A abertura da campanha política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) vai acontecer no Camama, em Luanda, pelas 10:00, onde chegou a estar previsto um comício para o dia 09 de julho, ato que foi cancelado devido ao luto nacional declarado devido à morte do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos.
O número 1 da lista dos “camaradas”, João Lourenço, também Presidente de Angola, concorre a um segundo mandato, depois de ter sido eleito a 23 de agosto de 2017, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que presidiu aos destinos de Angola durante 38 anos.
Do outro lado, na cidade costeira de Benguela, no sul de Angola, vai estar o líder dos “maninhos”, Adalberto da Costa Júnior, que vai encabeçar uma “marcha da vitória” até ao local do comício, previsto para as 14:00 locais(mesma hora em Lisboa) no Aeroporto 17 de setembro, sob o lema “2022- Ano da alternância do poder para a governação inclusiva e participativa”.
Os dois atos políticos marcam o início da campanha eleitoral para as eleições gerais de 24 de agosto, em que os angolanos vão escolher um novo Presidente e deputados à Assembleia Nacional, e às quais concorrem sete partidos e uma coligação.
Os números têm suscitado dúvidas e denúncias nos últimos dias depois de várias pessoas terem constatado a presença de pessoas já falecidas entre os eleitores, o que o governo desvalorizou, pela voz do diretor do registo eleitoral oficioso, Fernando Paixão, que culpou os familiares por não declararem os óbitos.