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Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA) e sindicato de trabalhadores assinam “acordo com regras gerais” para atender reivindicações

A Administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), e o sindicato de trabalhadores assinaram hoje um acordo no qual estão definidos aspetos a ter em conta para atender reivindicações apresentadas desde 2018, nomeadamente o reajuste salarial.

O acordo foi assinado pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, José Ganga Júnior, pelo 2.º secretário da Comissão Sindical da Endiama, Rodrigo Manuel, e a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Indústria Extrativa, Eletricidade e Química, Teresa Cassombe.

Em declarações à imprensa, José Ganga Júnior disse que foi estabelecido o acordo, com duração de três anos, entre as partes, que vai permitir definir as regras gerais de relacionamento entre si, nomeadamente a periodicidade dos encontros e as matérias a tratar.

“Nós vínhamos recebendo, de vez em quando, cadernos reivindicativos, em que as pessoas lutam e manifestam a intenção de obter melhores condições de trabalho e melhores rendimentos, melhor atenção, também”, referiu o PCA da Endiama.

José Ganga Júnior frisou que o tema das renumerações é o principal, salientando que o “salário nunca é fixo e é preciso definir como e com que requisitos trabalhar nas correções salariais”.

“E para isso devemos ter em conta todo um conjunto de fatores, desde a inflação, o índice de preços, os problemas relacionados com as taxas de câmbio, e definimos todo esse conjunto de aspetos a terem em consideração para a mexida nos salários, bem como a periodicidade de como também devemos tratar desses assuntos”, frisou.

Na lista de reivindicações, prosseguiu José Ganga Júnior, o acordo define também assuntos ligados à reforma dos trabalhadores, assistência médica e medicamentosa, apoio à habitação e a progressão de carreira.

Segundo o presidente da empresa, foi constituído um fundo privativo de pensões comparticipado, entre a empresa e trabalhadores, que começou a vigorar em janeiro deste ano, “para terem mais uma renda complementar depois de saírem da idade ativa, em acumulação com o que é obrigatório por lei [descontos para a segurança social]”.

Ainda por concluir estão os processos relacionados com a gestão da força de trabalho, relacionado com uma progressão de carreira “cada vez mais eficiente” e a avaliação de desempenho, já em curso.

“O que nós estamos a fazer agora – contratámos um conjunto de empresas para nos apoiarem nisso – é um trabalho relacionado com os programas de gestão de recursos humanos, onde vai permitir que tenhamos sistemas aperfeiçoados de avaliação de desempenho e a partir daí definirmos quem tem de subir os salários, o porquê, as condições, o pagamento de prémios, bonificações. Isso tem de estar associado a métricas, metas e comportamentos. Estamos a trabalhar nesta direção concreta”, realçou.

Por sua vez, Rodrigo Manuel disse que o acordo satisfaz, “embora [esteja] pendente uma situação”, concretamente o ajuste salarial.

Rodrigo Manuel frisou que o caderno reivindicativo, de 18 pontos, foi remetido em 2018, culminando hoje com a assinatura deste acordo.

“Dos 18 [pontos] apenas um ficou pendente, estamos satisfeitos. Ficou pendente o ponto das assimetrias, que são os ajustes das tabelas salariais, ficou esse ponto para se resolver. Há muito tempo que não se mexe nas carreiras e a gente vem lutando ano após ano para que se olhe para a tabela salarial e haja o ajuste salarial, é isto que falta e que o PCA hoje, em bom tom, disse que está a trabalhar no processo e vamos aguardar”, referiu.

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