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Estados Unidos da América (EUA) disponibiliza quase “600 mil euros” para formar quadros angolanos na defesa da vida selvagem

O Governo norte-americano vai financiar com 624 mil dólares (583,5 mil euros) a formação de mais de 200 juízes, promotores, investigadores e funcionários alfandegários angolanos em matéria de investigação e julgamento de casos de tráfico ilegal de animais selvagens.

De acordo com uma nota da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, a formação vai abranger quadros de 10 das 18 províncias angolanas, sendo que em fevereiro decorreram ações de formação em Menongue, capital da província do Cuando Cubango, estando previstas outras em Cabinda, Luanda e outras cidades.

O projeto, a ser implementado pela organização não-governamental TRAFFIC, visa também fortalecer a capacidade de Angola de combater a extração ilegal e o tráfico de madeira, uma atividade que se alinha com os esforços contínuos do país para impedir as exportações ilegais de madeira a granel e outros produtos florestais.

“A exportação ilegal de madeira prejudica a subsistência do povo angolano e é uma das principais ameaças à vida selvagem e às florestas do país”, sublinha a nota.

O documento realça que, num projeto separado financiado pelos EUA aprovado em 2022, a ONG Stop Illegal Fishing e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) vão trabalhar com Angola para fortalecer a monitorização e controlo de embarcações de pesca de bandeira estrangeira em águas angolanas e melhorar a partilha de informações entre as agências de controlo de pescas e da aplicação da lei nas nações da SADC.

“A Embaixada dos EUA em Luanda também continuará a apoiar os parceiros como The Nature Conservancy, African Parks, National Geographic e outros, para facilitar e estabelecer pesquisas científicas para melhor fornecer informações sobre proteção da vida selvagem e preservação da biodiversidade e promover prosperidade económica, segurança e meios de subsistência sustentáveis para comunidades locais”, salienta o documento.

O Governo norte-americano tem ainda como objetivo encorajar o apoio de parceiros que possam complementar projetos atuais e futuros para ajudar a avançar o trabalho que está a ser feito pelo Governo angolano e organizações regionais como a Área de Conservação Transfronteiriça Kavango Zambeze (KAZA) e a Comissão Permanente de Água da Bacia do Rio Okavango (OKACOM).

As atividades planeadas para este ano, destaca a nota, dão continuidade à parceria entre os Estados Unidos e Angola, “que há anos fortalece a proteção da rica diversidade de vida selvagem e vegetal do país”.

“Isso inclui treino e equipamento para guardas-florestais, pesquisas de populações de vida selvagem e recursos florestais e programas para reintroduzir e proteger populações de espécies que foram devastadas por anos de guerra civil”, frisa a nota.

 

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