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EUA: Angola procura bens de “Isabel dos Santos em Singapura”

Investigações provávelmente ligadas a negócios de diamantes que custaram a Angola milhares de milhões de dólares e envolvem empresário francês

O governo angolano continua a sua caça aos bens de Isabel dos Santos através do mundo, agora pedindo a identificação de contas em Singapura.

Ao que tudo indica, esse pedido pode estar relacionado com os negócios de diamantes da empresária e do seu marido que custaram milhares de milhões de dólares a Angola.

Notícias em diversas publicações estrangeiras indicam que o Ministério da Justiça enviou o mês passado uma carta às autoridades judiciais de Singapura pedindo ajuda para identificar bens e contas bancárias de Isabel dos Santos, do seu falecido marido Sindika Dokolo e ainda do empresário francês de origem congolesa Konema Mwenenge.

A carta alega que a identificação desses bens e das suas contas é necessária porque a filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos é alvo de vários processos judiciais incluindo desvio de fundos públicos, disse a publicação African Intelligence citada por outros portais.

Desconhece-se porque razão as autoridades angolanas querem identificar os bens e contas de Mwenenge.

Contudo sabe-se que ele opera duas empresas ligadas ao negócios de diamantes, a Diamond Republic e a Nemesis International sediadas nos Emirados Árabes Unidos onde Isabel dos Santos vive no Dubai e onde morreu o seu marido.

Isabel dos Santos e o seu falecido marido estiveram envolvidos num fracassado negócio de jóias de luxo e a companhia de diamantes angolana, a Sodiam, perdeu 200 milhões de dólares quando, por ordens do então Presidente José Eduardo dos Santos, financiou a formação de uma companhia para comprar a joalheira de luxo De Grisogono, a favor do marido da filha, Sindika Dokolo, que posteriormente declarou falência.

Por outro lado e segundo o presidente da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) uma empresa de Isabel dos Santos esteve envolvida na compra de diamantes angolanos abaixo do preço de mercado, uma política que resultou em prejuízos de cerca de 3.000 milhões de dólares nos últimos 10 anos.

Alguns desses diamantes podem ter sido vendidos através das companhias de Mwenenge.

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