EUA: Não há provas de fraude, diz Procurador-Geral

Em entrevista à Associated Press, o Procurador-Geral norte-americano garantiu que não foram encontradas provas de fraude eleitoral que mudassem o resultado das eleições de novembro.

A garantia foi dada pelo Procurador-Geral norte-americano, William Barr, em entrevista à agência de notícias Associated Press: tanto o departamento de Justiça norte-americano como o FBI trabalharam em todas as queixas e informações recebidas sobre alegadas irregularidades no ato eleitoral e a conclusão foi a de que não há provas que apontem para fraude e que mudem o resultado das eleições.
 
Até à data, não detetamos fraude a uma escala que pudesse alterar o resultado da eleição”, disse William Barr, que tem sido um dos mais fiéis aliados de Donald Trump. Antes das eleições, Barr foi das vozes mais audíveis sobre a vulnerabilidade do voto por correspondência no que à possibilidade de fraude diz respeito.
 
No mês passado, William Barr emitiu mesmo uma diretriz para os procuradores norte-americanos de todo o país investigarem todas as “alegações substanciais” de quaisquer irregularidades na votação, permitindo dessa forma que os procuradores contornassem a habitual atuação do Departamento de Justiça, que, sem essa ordem do Procurador-Geral, deveria proibir essas ações antes de a eleição ser certificada. Só os tribunais o deviam fazer.
 
Desde que foi declarada a vitória de Joe Biden, a equipa de advogados de Donald Trump liderada por Rudy Giuliani tem estado empenhada nas alegações de que houve uma conspiração dos democratas para depositar milhões de votos ilegais no sistema — mas sem o provar. Vários foram os juízes, até republicanos, que foram dizendo que as ações interpostas judicialmente não tinham fundamento legal. Agora é o próprio Procurador-Geral que o diz.
 
Donald Trump, contudo, já reagiu às declarações proferidas por William Barr e contesta que tenha havido uma investigação séria do Departamento de Justiça em relação às queixas de fraude. “Com todo o respeito pelo Procurador-Geral, não houve qualquer espécie de investigação do Departamento de Justiça”, disse em comunicado.
 
O comunicado de Donald Trump prossegue dizendo que não houve nenhuma investigação às “evidências” de fraude, sendo que Barr disse não ser esse o papel do sistema de justiça criminal dos EUA. Essas queixas são para ser tratadas em tribunal, e não pelo Departamento de Justiça, disse o Procurador-Geral na mesma entrevista.
 
“Vamos continuar a nossa procura pela verdade, através do sistema judicial e vamos prosseguir o mandato Constitucional e assegurar que todos os votos legais foram contados e que todos os votos ilegais não foram. Mais uma vez, com todo o respeito pelo Procurador-Geral, a sua opinião parece não ter qualquer correspondência com a investigação das irregularidades substanciais e das evidências de fraude sistémica”, diz ainda Trump em comunicado.
 
 
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