Decisão não é prática tradicional e principal investigador de fraudes eleitorais demitiu-se
O Procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, ordenou aos procuradores que investiguem qualquer alegação considerada “substancial” de irregularidades durante as eleições de 3 de novembro.
Em nota, o Procurador-geral recomendou que não investiguem “alegações fantasiosas”, mas não refere se o Departamento de Justiça, de facto, encontrou alguma irregularidade.
Barr afirmou, no entanto, que autorizava os procuradores a investigarem as “alegações substanciais” de irregularidades na votação ou na contagem de votos.
Ele disse que as investigações “podem ser conduzidas se houver alegações claras e aparentemente críveis de irregularidades que, se verdadeiras, poderiam ter impacto no resultado de uma eleição federal num determinado Estado”.
“Embora seja imperativo que as alegações confiáveis sejam tratadas de maneira oportuna e eficaz, é igualmente imperativo que o pessoal do Departamento exerça a cautela adequada e mantenha o compromisso absoluto com a justiça, a neutralidade e o não partidarismo”, acrescentou.
Em protesto contra a ordem de Barr, o principal responsável por investigações de fraude eleitoral, Richard Pilger, anunciou por e-mail a sua demissão.
Até agora, tem sido prática do Departamento de Justiça pedir aos procuradores que investiguem possíveis fraudes depois da confirmação dos resultados definitivos do resultado das eleições para evitar qualquer interferência do Governo, o que não ocorreu desta vez.
O Presidente Trump, que diz ter havido fraudes, recorreu à justiça nos Estados de Nevada, Pensilvânia, Geórgia e Arizona.
Os Estados têm até o dia 8 de dezembro para fazer recontagens ou resolver acções judiciais relacionadas às eleições.
No dia 14, o Colégio Eleitoral para confirmar formalmente o vencedor da eleição presidencial com base nos resultados do passado dia 3.