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Europa: Rússia diz estar disposta a romper “relações com a União Europeia se houver mais sanções”

A Rússia diz-se pronta para cortar relações com a União Europeia caso o bloco adote algum tipo de sanções económicas contra o pais. As divergências começaram após a detenção de Alexei Navalny.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, avisou esta sexta-feira que a Rússia está disposta a romper as relações com a União Europeia (UE) se o bloco europeu adotar sanções que ameacem a economia do seu país.

Partimos da base de que estamos dispostos, (…) se virmos novamente, como temos experimentado em mais ocasiões, que sanções são impostas em áreas que representem riscos para a nossa economia, incluindo setores sensíveis”, declarou o responsável da diplomacia russa.

As declarações de Lavrov foram realizadas durante uma entrevista ao programa russo Soloviov Live, que esta manhã avançou com alguns excertos da conversa.

“Não nos queremos isolar da vida mundial, mas devemos estar preparados para isso”, sublinhou o ministro russo.

“Se queres a paz, prepara-te para a guerra”, acrescentou.

Os comentários de Lavrov foram feitos após a visita polémica a Moscovo, na semana passada do alto representante da Política Externa da UE, Josep Borrell, durante a qual a Rússia expulsou três diplomatas europeus por supostamente participarem nas manifestações da oposição.

Borrell não descartou a possibilidade de novas sanções contra a Rússia, desta vez devido à prisão do líder da oposição Alexei Navalny, questão que será estudada na próxima reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e abordada na cimeira de chefes de Estado e de Governo do bloco europeu, em março.

As mais recentes manifestações na Rússia estão a decorrer desde que o líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi preso em 17 de janeiro ao retornar ao país depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento.

Os manifestantes pedem a libertação de Navalny e de outros detidos pelas autoridades russas. Vários países e organizações já pediram a libertação imediata do opositor russo.

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