Carta assinada por um grupo de personalidades refere que a manutenção da pena de morte na Guiné Equatorial representa “um atraso civilizacional”. 13.ª cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa decorre esta sexta-feira e sábado, em Luanda, assinalando a celebração do 25.º aniversário da organização
Um conjunto de personalidades da lusofonia assinou uma carta em que pede a expulsão da Guiné Equatorial da Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP), escreve o jornal “Inevitável”. A carta é conhecida na véspera da XIII Cimeira da CPLP, em Luanda, e insta os Chefes de Estado e de Governo da organização a tomar uma posição sobre o Presidente Teodoro Obiang, “um ditador que descredibiliza a CPLP”.
A carta considera que a cimeira representa o momento ideal para iniciar o processo de expulsão da Guiné Equatorial da comunidade. Como principais razões, apontam a continuação da existência de pena de morte no país e o facto de Obiang, a quem chamam “líder totalitário”, ser “internacionalmente considerado um dos líderes predadores da imprensa”.
Paulo de Morais, Caio Mirabelli, Daniel Almeida, Fernando Nobre, Henrique Neto, João Paulo Batalha, Kiyoshi Harada, Léo da Silva e William Tonnet foram as personalidades que assinaram a carta. Na missiva, o grupo considera que o facto de a Guiné Equatorial ainda ter pena de morte é “um atraso civilizacional”, incompatível com uma organização que tem um conjunto de princípios que incluem “o primado da paz, da democracia, do estado de direitos, dos direitos humanos e da justiça social”.
