O Governo angolano gastou 1,9 biliões de kwanzas (3,5 mil milhões de euros) em subsídios aos combustíveis em 2022, 60% acima do ano anterior, segundo o relatório anual do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).
Os custos totais ascenderam a 2,6 biliões de kwanzas (4,5 mil milhões de euros), mais 50% do que em 2021 e não foram proporcionais ao aumento das quantidades adquiridas já que foram compradas apenas mais 16% de toneladas métricas que em 2021 (4.667 milhões face a 3.995 milhões em 2021).
Dois terços dos subsídios foram gastos com gasóleo, seguindo-se a gasolina, o gás de petróleo liquefeito (GPL) e o petróleo iluminante.
Angola é o quarto país do mundo onde é mais barato encher um depósito de combustível, partilhando com a Nigéria o estatuto de maior produtor de petróleo em África, mas importa grande parte do combustível que consome, tendo apenas uma refinaria em funcionamento (a de Luanda) e outras três em fase de projeto ou construção (Soyo, Lobito e Cabinda).
O Governo angolano já disse que pretende retirar gradualmente os subsídios aos combustíveis, que não refletem as oscilações de preços no mercado internacional, mas o tema está pendente de uma decisão política que tem sido adiada, apesar do programa de assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI), concluído no ano passado, prever esta medida.
Segundo dados do ‘site’ Global Petrol Prices, um litro de gasóleo custava, em 08 de maio, 135 kwanzas (0,24 euros) enquanto um litro de gasolina valia 160 kwanzas (0,29 euros).
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