Governo de Angola anuncia que vai entregar cartões de “consumo de gasolina” fora de Luanda na 4.ª feira

Os Ministérios dos Transportes e das Finanças de Angola iniciam na quarta-feira a distribuição de cartões de consumo de gasolina fora de Luanda, apelando à serenidade e à calma na sequência de tumultos de que resultaram vários mortos.

O anúncio, feito através de um comunicado conjunto divulgado ao início da noite, que dá conta das medidas para atenuar o impacto da retirada das subvenções aos combustíveis, prevendo benefícios para os táxis, mototáxis e embarcações de pesca artesanal, previamente licenciados, através de cartões de consumo de gasolina.

Até a momento foram emitidos 2.368 cartões e estão em processo de emissão cerca de 23 mil solicitações junto dos bancos, sendo a meta assumida até ao final do mês de junho de “cobertura massiva dos que foram licenciados até à presente data”.

“Depois do início da distribuição dos cartões na província de Luanda, daremos início, amanhã, a distribuição de cartões às províncias”, indica o comunicado.

Atualmente, a maioria dos taxistas e moto-taxistas licenciados não dispõe dos respetivos cartões e terão de assumir os encargos no abastecimento até que venham a recebê-los.

No entanto, ao receberem os cartões os beneficiários terão um saldo disponível equivalente ao valor diário acumulado desde o dia 2 de junho, para cobrirem a diferença entre o preço atual e o preço anterior.

Na quinta-feira passada, o Governo angolano anunciou a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, mas isentando taxistas, moto taxistas, e pescadores artesanais através de cartões personalizados.

O aumento provocou tumultos e confrontos no Huambo dos quais resultaram pelo menos cinco mortos, oito feridos e mais de 30 detidos. Também no Lubango taxistas e mototaxistas decidiram paralisar, tendo sido registado alguns incidentes.

“Apelamos à necessidade de todos os taxistas, moto-taxistas e pescadores artesanais para manterem o preço vigente, bem como a calma e a serenidade”, concluiu a nota das autoridades angolanas.

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