O Governo de Angola vai privatizar 15% do capital do social da operadora de telecomunicações UNITEL, sendo que 2% da referida quota serão reservados para trabalhadores e membros dos órgãos sociais da empresa, segundo um despacho presidencial.
As ações representativas de 15% do capital social da UNITEL serão privatizadas por via de Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa), operação que estará sob responsabilidade da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).
O Presidente angolano, João Lourenço, em despacho de 23 de agosto já publicado em Diário da República e consultado hoje pela Lusa, autoriza também a reserva de 2% das ações para a aquisição, “em condições especiais”, pelos trabalhadores e membros dos órgãos sociais da empresa, nos termos da lei.
A privatização parcial das ações que o Estado angolano detém na UNITEL — maior operadora angolana de telecomunicações — insere-se no Programa de Privatizações (ProPriv 2023-2026), refere-se no documento.
O Estado angolano nacionalizou as participações de 25% da Vidatel e de 25% da Geni na UNITEL, em outubro de 2022, que eram detidas pela empresária Isabel dos Santos e pelo general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.
A operadora pertence na totalidade ao Estado angolano através do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE) e da petrolífera Sonangol.