Inglaterra: Especialistas criticam “políticas ambientais angolanas”

O debate sobre o clima e as políticas do governo angolano estão a ser alvo de duras críticas dos ambientalistas. Para falar sobre o assunto, ouvimos o ecologista José Seródio, o ambientalista José Silva e o economista Vicente Gaspar.

A cimeira das Nações Unidas sobre o clima e a participação de uma delegação angolana chefiada pelo Presidente João Lourenço é apontada por alguns ambientalistas nacionais como mais um exercício político que não terá efeitos práticos no país.

No seu discurso, o estadista angolano comprometeu-se em concretizar a redução da intensidade de carbono na produção de energia eléctrica num horizonte de até 2025 e traçou acções complementares no domínio da gestão sustentável das florestas, transportes e agricultura.

Em 2019, dados do satélite MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) lançado pela NASA – agência espacial norte-americana – apontava que Angola liderava a lista de países com o maior número de incêndios florestais, ultrapassando a República Democrática do Congo e o Brasil.

O abate indiscriminado da madeira e a agressão exercida contra os solos, sobretudo nas regiões de exploração diamantífera, são exemplos de uma prática reiterada, cujo impacto tem sido muito alarmante contra a preservação ambiental.

“Os crimes ambientais em Angola não envolvem apenas cidadãos nacionais, os estrangeiros encontraram nesta prática, uma forma privilegiada de ganhar dinheiro, com a cumplicidade das próprias autoridades”.

O ecologista João Serôdio é de opinião que o sucesso do debate sobre as alterações climáticas passa, primeiro, por uma mudança estrutural de todo o sistema político nos países.

 

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