Instituto de Modernização Administrativa (IMA) de Angola defende “uso de certificados digitais” para travar crimes cibernéticos

O Diretor-geral do Instituto de Modernização Administrativa (IMA) de Angola defendeu hoje a utilização de certificados digitais como medida para travar os constantes crimes cibernéticos que “comprometem” a integridade dos serviços bancários e de outros setores do país.

Para Meick Afonso, o uso de certificados digitais “é de extrema importância” por permitir, “por via dos arquivos de dados seguros e criptografados”, estabelecer a identidade de pessoas e ativos eletrónicos na Internet ou nas redes privadas de organizações.

“[Os certificados digitais] permitem comunicação ‘online’ segura e criptografada e são consequentemente usados para proteger transações ‘online’”, afirmou o responsável, em Luanda.

O dirigente, que discursava na abertura do III Congresso Angolano de Direito Bancário, considerou que todas as vezes que se fala sobre evolução tecnológica e digitalização, deve-se falar sobre a “segurança e formas de prevenir o cibercrime”.

Recordou que Angola tem “cada vez mais crimes e ações que comprometem a integridade dos serviços, tanto em bancos tradicionais como em serviços financeiros digitais”.

“Pelo que se recomenda a aplicação de um conjunto de procedimentos para reduzir e acabar com a fraude na clonagem de cartões e roubo de identidade e promover a integridade dos dados”, destacou.

O “Cibercrime na Banca Angolana e dos Mecanismos de Proteção” foi um dos temas abordados no congresso, quando Angola regista, nos últimos tempos, vários atos que se configuram em cibercrime, nomeadamente ataques informáticos em instituições públicas, bancos e outros.

Segundo Meick Afonso, o executivo angolano tem consciência que os serviços financeiros digitais “são um caminho para o crescimento e prosperidade de Angola”, referindo que “vários esforços têm sido desenvolvidos para a concretização deste objetivo de forma segura e confiável”.

De acordo com o responsável, a implementação do “Electronic Know Your Customer”, de uma Infraestrutura de Chaves Pública para a emissão de certificados digitais e suporte para assinatura eletrónica e carimbos temporais e o fortalecimento do ‘open banking’ são algumas das ações em curso.

O diretor-geral do IMA deu conta também que a aposta do executivo no desenvolvimento da governação eletrónica “tem resultado no esforço da desburocratização e simplificação dos serviços públicos e no desenvolvimento de novas medidas para transformação da malha digital”.

Angola com o passar dos anos, assinalou, tem dado “largos passos para a melhoria do setor público por meio da sua digitalização, ocupando atualmente a posição 157 do Índice de Desenvolvimento do Governo Eletrónico”.

“O nosso país ocupa ainda a posição 106 do Índice de Maturidade o Governo Eletrónico, a posição 126 do Índice de Preparo Tecnológico das Economias, a posição 160 do Índice de Desenvolvimento das TIC, a posição 148 do Índice Nacional de Cibersegurança e a posição 151 do Índice Global de Cibersegurança”, notou Meick Afonso.

Os indicadores mencionados leva “a concluir sobre a importância de uma ação coordenada para a elevação dos níveis de resposta aos desafios atuais, sendo, portanto, decisão do executivo a adoção e implementação de uma Agenda da Transição Digital para a Administração Pública”, rematou o dirigente.

 

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