O governo angolano enfrenta dificuldades em recuperar alguns activos domiciliados em Singapura por pessoas próximas ao anterior presidente.
Segundo apurado, Angola pediu no início do ano passado, a uma dezena de jurisdições que o ajudassem a localizar as contas e bens de Isabel dos Santos, a quem acusa de ter desviado fundos públicos para seu benefício pessoal.
Os Emirados Árabes Unidos, Mónaco, Seychelles e Ilhas Mauricias cooperaram rapidamente.
Mas, de acordo com fontes que acompanham o dossier, Singapura não respondeu e manteve-se surda aos pedidos de Luanda por assistência jurídica.
“A recusa é ainda mais embaraçosa para Angola, uma vez que uma série de holdings administrados em nome de Isabel dos Santos foram transferidos nos últimos meses dos Emirados Árabes Unidos” – há muito o centro das suas operações – para a cidade-estado.
Ao proibir a filha do ex-presidente angolano de entrar nos Estados Unidos em nome da luta contra a corrupção, os EUA sinaliza a importância que atribui ao caso e envia um recado às jurisdições que estão surdas aos pedidos angolanos, mais especificamente, Singapura.
Em Singapura, “estão igualmente instaladas empresas de figuras do anterior regime, com realce para os generais Dino e Kopelipa, também proibidos de entrar nos Estados Unidos”.