Angola: “Braços e pernas” de José Mateus Zecamutchima paralisam na cadeia do Serviço de Investigação Criminal (SIC)

O activista José Mateus Zecamutchima, líder do autoproclamado Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, encontra-se gravemente doente dentro da cadeia na capital do país, sem tratamento médico, denuncia o secretário-geral da organização.

Segundo Fiel Muaco, os membros do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, estão “extremamente” preocupados com o estado de saúde do seu responsável máximo, Mateus Zecamutchima, que se encontra detido em Luanda a caminho de um ano sem data para o julgamento.

Ao portal O Decreto, o activista disse que, para além do “chefe do movimento”, que defende a autonomia da região rica em diamantes, há dois activistas detidos na penitenciária de Cacanda, província da Lunda-Norte, “gravemente doente também sem receber tratamento médico”.

Fiel Muaco que reprova o comportamento das autoridades angolanas, entende que “existe um plano que visa exterminar os membros do Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwe, com o excesso de prisão preventiva”.

O activista apela por isso às organizações nacionais e internacionais defensoras dos direitos humanos, sob pena de, nos próximos dias, se registarem mais mortes dos membros da organização nas cadeias.

O Decreto apurou que, entre os activistas que se encontram detidos na Penitenciária de Cacanda, na cidade do Dundo, constata-se o agravamento de saúde de Dinis Mwassemba e Pensamento José, ambos detidos na sequência dos incidentes do dia 30 de Janeiro de 2021, em Cafunfo.

Advogado confirma estado crítico de Zecamutchima

Contactado pelo O Decreto, o advogado de defesa, Salvador Freire confirmou o facto, argumentando que, “o estado de saúde de José Mateus Zecamutchima inspira cuidados, pois, o mesmo sofre de hipertensão do terceiro grau”.

O advogado disse também que o seu constituinte “está parcialmente com os membros inferiores e superiores paralisados dentro da cadeia, sem assistência médica”.

“Eu pessoalmente tive que fazer um requerimento ao director nacional do SIC e o SIC Provincial, no sentido de providenciarem um médico para ver a sua saúde”, disse, acrescentando que “não é só a saúde de Zecamutchima, estive na Lunda-Norte, onde visitei os presos na cadeia de Cacanda e verifiquei que alguns destes presos estão em situação crítica”, realçou.

 

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