Marinhas de Guerra Francesa e Angolana reforçam cooperação com presença do navio-patrulha “Commandant Bistrot”

As Marinhas de Guerra Francesa e Angolana reforçaram a sua cooperação, com a realização de um exercício conjunto entre tripulações dos dois países, no âmbito da presença, em Angola, do navio-patrulha de alto mar “Commandant Bistrot”.

O navio-patrulha fez escala no porto de Luanda na segunda-feira, onde irá permanecer até sexta-feira, informou hoje o embaixador da França em Angola, Daniel Vosgien.

O diplomata referiu que a escala do navio realiza-se depois de uma outra que realizou em junho de 2022, no âmbito da missão “Corymbe”, que foi criada há mais de 30 anos para a marinha francesa, consistindo na presença permanente no golfo da Guiné e ao largo das costas da África do oeste.

O embaixador francês frisou que o navio-patrulha está presente no golfo da Guiné com vários objetivos, nomeadamente a luta contra a pirataria marítima, a poluição, pesca ilegal e socorro aos navios.

“Existe treinos organizados para reforçar a capacidade de resposta dos países participantes da cooperação do golfo da Guiné face a ameaças de segurança marítima, para garantir a navegação segura, bem como a operacionalização das estruturas terrestres da segurança marítima do golfo da Guiné, que são partes dos acordos de Yaoundé”, referiu o diplomata francês.

Por sua vez, o comandante do navio-patrulha, Aurelien de Gove, avançou que a operação “Corymbe” não visa apenas a luta contra a pirataria, mas todas as ameaças que possam afetar o golfo da Guiné.

“É uma parceria equilibrada com os nossos parceiros locais, para aprimorar e desenvolver a nossa interoperabilidade”, frisou Aurelien de Gove, destacando que os exercícios de patrulha conjunta vão permitir igualmente a realização de operações conjuntas.

Esta missão, acrescentou o comandante do navio-patrulha, insere-se igualmente na missão marítima coordenada da União Europeia, que engloba também as marinhas de Portugal, Espanha e Itália, com a presença permanente da marinha francesa no golfo da Guiné.

“Acabamos de participar num exercício com as marinhas do Gabão, da República do Congo, da República Democrática do Congo e de Angola”, destacou.

Durante a visita foram doados alguns equipamentos de salvamento à Associação de Pesca Artesanal, Semi Industrial e Industrial (Apasil), nomeadamente lanternas, coletes salva-vidas, boias de salvamento e cornetas, uma doação do comando da faixa atlântica da marinha francesa (Ceclant).

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