Médicos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) querem “circulação rápida” na região para aperfeiçoar formação em estágios

A Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) defende melhorias na mobilidade dos médicos dos estados-membros, sobretudo entre os PALOP e Portugal, para que os profissionais possam “circular de forma mais rápida e aperfeiçoar a formação”.

O secretário permanente da CMLP, órgão especializado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Francisco Pavão, disse hoje à Lusa que há importância maior que sejam permitidos estágios com maior facilidade a nível do bloco regional.

“E, obviamente, a mobilidade de profissionais de saúde, particularmente médicos, entre esses países e sobretudo entre os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) com Portugal, é uma preocupação que a comunidade médica, há muitos, anos tem vindo a demonstrar aos nossos governantes”, apontou.

Seja em Portugal seja nos países de expressão portuguesa, frisou, “e que tem tentado arranjar articulação de forma que os médicos possam fazer estágios de pequeno tempo, entre três e seis meses, em que venham melhorar a sua capacitação e formação em áreas muito específicas”.

Estágios profissionais entre médicos da CPLP deve melhorar a capacitação destes, sobretudo nas áreas de dermatologia, oftalmologia, cirurgia, medicina interna e infecciologia, salientou.

“Da mesma forma que há uma enorme vontade de que os portugueses também possam ir até estes países fazer formação e dar formação, e é um pouco isso que a bastonária (da Ordem dos Médicos de Angola) pretende expressar que enquanto bastonária tem feito este papel de melhoria”, referiu Francisco Pavão.

A bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, e também a vice-presidente da CMLP referiu-se recentemente sobre a necessidade desta mobilidade dos profissionais.

Para o médico Francisco Pavão, os acordos de mobilidade da CPLP, já ratificados pelos Estados membros, deve concorrer para a regularização dos vistos que serão de grande ajuda.

Porque tanto de Angola para Portugal e vice-versa, justificou, “ainda é necessário uma grande articulação e burocracia na emissão de visto para uma estadia mais prolongada”.

“E a verdade é que nós profissionais da saúde, sobretudo médicos, temos esta enorme particularidade profissional de que é melhorar constantemente a nossa profissão, daí a nossa preocupação de demonstrarmos que há muita melhoria a fazer no sentido de uma circulação mais rápida e consistente”, defendeu.

Para “que possam melhorar a sua formação, porque nós ao fazermos isso estamos a melhorar a vida de todos e a vida das populações, possibilitando que haja maior formação médica, maior articulação entre serviços e maior aprendizagem”, rematou o secretário permanente da CMLP.

 

 

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