Moçambique: África do Sul “autoriza” mobilização de 1.495 militares

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, deu ordem para o destacamento de 1.495 militares para combater atos terroristas e extremistas violentos em Moçambique.

A África do Sul vai enviar até 1.495 militares para Moçambique para combater os jihadistas no norte do país, presentes na região rica em gás há mais de três anos, anunciou esta quarta-feira o parlamento sul-africano.

Numa declaração citada pela agência France-Presse (AFP), o parlamento afirmou que recebeu “correspondência do Presidente, Cyril Ramaphosa, informando que tinha autorizado a utilização de 1.495 membros” das forças de defesa sul-africanas para apoiar Moçambique na sua “luta contra atos de terrorismo e extremistas violentos”.

O destacamento destas forças sul-africanas, previsto de 15 de julho a 15 de outubro, segue-se ao anúncio, em junho, pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de enviar tropas para Moçambique.

Em Cabo Delgado, província junto à fronteira com a Tanzânia, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Também o Botsuana anunciou que enviará um contingente de 300 militares.

Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.

Há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

 

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