Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) “solidários” com professores do ensino superior em greve

O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) manifestou hoje solidariedade para com os professores do ensino superior, que realizam uma greve desde 27 de fevereiro, e apelaram à “resolução do problema”.

Num manifesto a favor do regresso às aulas nas instituições públicas do ensino superior, o secretariado nacional para o Ensino Superior do MEA refere que os alunos estão a ser prejudicados nos seus projetos académicos.

Segundo os estudantes, a greve está a afetar os alunos, pelo que “o mais importante no momento é a resolução deste problema”.

“Nós entendemos que para tudo há jeito, enquanto existir vontade política. Em tempos de uma sociedade tão caótica, será necessário lembrar que é o Estado quem exerce esse papel de garantir saúde, educação e habitação ao povo, e isso só é possível com a profissão do professor. O Governo tem a responsabilidade de zelar pela saúde, integridade física, emocional e intelectual dos seus cidadãos”, sublinham no manifesto.

Ao Governo, os estudantes realçam que “vão à escola, não pelo facto de que os professores precisam de trabalhar”, mas “porque a educação é um direito”.

“Assusta-nos ver o Governo menosprezando os professores, colocando-os em situações desumanas, com salários míseros, péssimas condições de trabalho, etc”, destacam, sublinhando que os estudantes continuam “firmes nessa corrente do bem, para espalhar esperança e solidariedade aos profissionais da educação”.

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES) e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) não chegaram ainda a acordo nos pontos que se referem à melhoria de salários, seguros de saúde e reposição do subsídio de risco aos agentes físicos e biológicos.

A greve, de âmbito nacional e por tempo indeterminado, segue-se a uma paralisação anterior, que durou mais de 60 dias, entretanto suspensa a 01 de novembro de 2022.

 

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[…] “Não podemos aceitar que em pleno século XXI, o país continue a produzir analfabetos, crianças e adolescentes de 14/15 anos que nunca se sentaram numa sala de aulas, não sabem ler nem escrever, não podemos olhar isso de ânimo leve”, sublinhou o Movimento de Estudantes Angolanos (MEA). […]