A Vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, apresentou hoje a agenda do partido para 2023, com dez eixos estratégicos, sublinhando a necessidade de fazer uma “análise profunda” do desempenho do partido nas eleições angolanas para adotar medidas corretivas.
Luísa Damião falava no Cuíto, capital da província angolana do Bié, onde apresentou hoje a agenda política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa o país desde a independência em 1975
A agenda política do MPLA para o corrente ano prevê promover uma governação de qualidade, com ênfase para o controlo da execução das despesas públicas, em prol do desenvolvimento e benefícios das populações, segundo a agência de notícias angolana ANGOP
Para a concretização dos dez eixos estratégicos previstos, “será necessária a realização de uma análise profunda sobre o balanço feito ao desempenho do partido a nível das eleições gerais, extraindo as lições subjetivas que permitam encetar a adoção de medidas corretivas”, disse, citada pela Angop.
Segundo a dirigente, o MPLA propõe-se “lutar por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva, tendo em vista a moralização da sociedade, o combate à corrupção e à impunidade”.
Outros objetivos são o reforço das relações de cooperação, concertação e solidariedade para com os partidos políticos com os quais detém laços históricos, aprofundar o espaço de diálogo, apostar em iniciativas de políticas públicas, que concorram para o contínuo fomento da empregabilidade, habitação, empreendedorismo, mobilidade urbana e rural, educação e saúde, entre outros.
O MPLA propõe-se igualmente “estimular e acompanhar a implementação de ações de caráter económico e social, de pequeno vulto, mas com impacto direto na melhoria da vida da população”.
O MPLA venceu as eleições gerais de agosto de 2022, com 51,07% dos votos, o primeiro resultado de sempre, e foi derrotado na capital pelo seu principal adversário, a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).