Muitas organizações juvenis aplaudem a preocupação manifestada pelo partido em Angola, mas questionam a falta de seriedade dos governantes sobre a situação actual da juventude.
Analistas políticos e sociais em Angola afirmam que o impacto das políticas públicas na juventude ainda está longe de alcançar os objetivos.
O comunicado final da reunião do Comité Central do MPLA, realizada nesta semana, considera que, não obstante os esforços empreendidos, através de diferentes políticas e programas, a situação dos jovens em Angola requer, dos órgãos do Estado, uma atenção permanente e um investimento redobrado, que permita uma verdadeira inserção dos mesmos no desenvolvimento do país e na consolidação do Estado democrático de Direito.
O partido no poder, que analisou o impacto das políticas públicas na juventude, reconhece a necessidade de uma maior priorização e valorização da formação técnico-profissional dos jovens, como aposta para a preparação e inserção no mercado de trabalho.
Para o efeito, “o MPLA defende a revisão dos currículos escolares, de modo a conferir-lhes um carácter mais profissionalizante para permitir aos jovens a conclusão do ensino secundário com aptidões para o mercado do trabalho”.
As preocupações do partido liderado por João Lourenço acontecem numa altura em que vários sectores dizerm ter perdido, praticamente a esperança, devido às várias promessas dos sucessivos governos do mesmo partido.
Ainda assim, “o partido no poder propõe a promoção e a integração económica dos jovens, criando oportunidades e emprego, fomentar o empreendedorismo com prioridade para a agricultura, pecuária e indústria transformadora, reduzindo, assim, o número de jovens que não estudam, não trabalham e nem estão em formação”.
Muitas organizações juvenis aplaudiram a preocupação manifestada pelo partido em Angola, mas questionam a falta de seriedade dos governantes sobre a situação actual da juventude.
Os líderes juvenis Jofre dos Santos e Nelson Francisco e o analista político Albino Pakisi debatem este tema.