A Circulação de pessoas, a segurança e a industrialização são apontados como desafios de Angola na presidência da SADC. Para falar sobre o assunto, ouvimos a jurista Margareth Nanga, o especialista de relações internacionais, Nkimkinamo Tussamba e o analista político, Agostinho Sikato.
Angola assumiu, pela terceira vez, a presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) diante de desafios que passam, inicialmente por se organizar internamente para vencer a grave crise económica e social que está a deixar muitos angolanos na pobreza extrema.
Assim pensam a maioria de observadores que questionam o legado deixado por Angola, aquando dos dois últimos mandatos, cujo impacto dos programas aprovados não se refletiram na vida das populações da região.
Segundo “as observações que são feitas por vários especialistas de relações internacionais, a constante apetência de Angola em liderar as organizações regionais e sub regionais, tem sido um desperdício e mais tem mais valido para um exercício de charme e vender uma imagem que esconde as várias dificuldades que o país tem encontrado para satisfazer as necessidades das populações”.
O presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, João Lourenço chamou a atenção, para a recorrente preocupação colectiva sobre as contribuições anuais dos Estados-membros, para se executar todas as iniciativas da organização.
Por causa destes e de outros incumprimentos, um grupo integrando vários movimentos sociais cívicos da região austral, estiveram reunidos em Luanda em paralelo com a cimeira dos chefes de estado da SADC.
Na declaração os participantes reiteraram as suas preocupações sobre os impactos negativos das políticas económicas neoliberais em todos os países da região da SADC.
Magareth Nanga, do movimento dos povos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, fala dos altos níveis de erosão dos direitos sociais, cujo padrão de vida das populações da região é deplorável.