O Presidente da República de Angola, o ministro da Energia de Moçambique e a presidente do Banco de Exportação e Importação da China (EXIM) estão entre as 25 figuras mais proeminentes na área do petróleo e gás em África, segundo um índice elaborado pela Câmara de Energia Africana (AEC, na sigla inglesa)
A AEC lançou a segunda lista anual dos 25 principais impulsionadores e agitadores, que devem influenciar significativamente o setor petrolífero e do gás em 2021. A lista é liderada pelo diretor-geral da petrolífera francesa Total em África, Nicolas Terraz.
O diretor-geral da Total deve entregar muitos dos primeiros projetos históricos para o continente, incluindo, a construção de um oleoduto de 1.443 km para a Tanzânia e garantir que o maior projeto de gás natural liquefeito em andamento no continente é executado dentro do prazo e do orçamento, em Moçambique. Enquanto isso, a Total deverá entregar três poços de alto impacto na África do Sul, Namíbia e Angola. A AEC lança a pergunta: Será Nicolaz Terraz “capaz de enfrentar os atuais ventos contrários e cumprir as expectativas em cada um desses mercados de fronteira?”.
João Lourenço, o Presidente de Angola, entra pela primeira vez na lista elaborada pela AEC. Na nota que acompanha a divulgação, a Câmara refere que João Lourenço tornou a indústria petrolífera do país “numa das mais competitivas do continente”, atualmente “o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana”. Com uma série de “reformas ambiciosas desde 2018”, o organismo defende que Angola se encontra no “caminho da recuperação em 2021”. A nova legislação do setor atraiu vários investidores e reavivou o setor dos hidrocarbonetos no país. Com a pandemia de Covid-19 a aprofundar a crise financeira angolana, a AEC sensibiliza para a importância de “apoiar ainda mais a recuperação do setor e aumentar o desenvolvimento de conteúdo local”.
Sobre o ministro da Energia e Recursos Minerais de Moçambique, Ernesto Tondela, a AEC diz que o governante tem “decisões estratégicas para tomar” relativamente ao maior projeto de gás natural na África subsaariana, em curso no norte de Moçambique. “Entre preparar o mercado interno para uma revolução do gás e garantir que a criação de empregos e o desenvolvimento do conteúdo local não ficam perdidos no processo, Tondela supervisiona o setor da energia em Moçambique numa altura crucial da história do país”, lê-se no relatório, que conclui que “a sua liderança e condução serão centrais na transformação dos recursos naturais em crescimento económico”.
Hu XiaoLian, presidente do banco chinês EXIM, é responsável por um dos investidores mais significativos em projetos de infraestrutura de energia na África, especialmente quando se trata de financiamento de instalações de produção de energia. Vários grandes projetos de energia africanos já estão em negociações com o banco sobre as fontes de energia. A AEC salienta que a aprovação destes projetos “poderia contribuir significativamente para aumentar as capacidades de produção de energia em todo o continente e apoiar ainda mais a industrialização”.