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Portugal: Banco Mundial (BM) garante “1,7 mil milhões de dólares” à Angola

O Banco Mundial garante mobilizar um financiamento de 1,7 mil milhões de dólares, no curto prazo, para apoiar os programas do Governo angolano, segundo fez saber o director-geral para Angola

Jean Christophe Carret fez estas declarações, ontem, no Ministério das Finanças, em Luanda, à margem da assinatura de quatro acordos, avaliados em 417 milhões de dólares para projectos de energia e águas e outros, dos quais 167 milhões foram desembolsados pela Agência Francesa de Desenvolvimento.

A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, em representação do Governo angolano, disse que dos acordos assinados, 250 milhões de dólares estão destinados para a Educação, concretamente o “empoderamento das raparigas e aprendizagem para todos (PAT II)”. Para o sector de Energia e Águas, foi acordado um valor global de 417 milhões de dólares, dos quais 250 milhões pelo Banco Mundial e 167 milhões pela Agência Francesa de Desenvolvimento.

De acordo com a ministra das Finanças, além destes financiamentos, há uma garantia por parte do Banco Mundial e o Governo francês, ainda não accionada, para o  projecto de Águas do Bita, com o qual se prevê aumentar substancialmente a produção e distribuição de água para a zona Sul de Luanda.

Vera Daves explicou que para o período de amortização dos financiamentos, as regras estendem-se num  prazo de 2025 a 2026 na maior parte dos casos, ou seja são projectos de médio a longo prazo com taxas de juros acessíveis que darão espaço para o Governo angolano fazer o serviço da dívida de forma mais tranquila.


Cobertura do défice

Por seu turno, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que com o projecto Bita se vai adicionar mais 250 mil metros cúbicos de água e atender, a grosso  modo, cerca de  1 milhão de pessoas residentes na parte Sul de Luanda. Não irá cobrir na totalidade o défice, mas um terço dos problemas de abastecimento da água da capital.

O projecto está a ser preparado há dois anos e vai compreender uma captação de água, sistema de armazenamento e rede de distribuição.

“Queremos ver de forma rápida os projectos a serem executados , porque temos um contrato de mais de mil milhões de dólares, que implica naturalmente ser geridos pelo Ministério das Finanças por ter fechado a estruturação. Esse conjunto de contratos  tem a garantia  do Banco Mundial com  cerca de 500 milhões de dólares, e hoje esse acordo foi assinado”, disse.

Conforme acrescentou, em relação ao projecto de electricidade, existem  duas componentes: a primeira é o reforço da capacidade institucional do sector para permitir que as empresas operacionais possam operar com maior eficiência e deixarem de ter a dependência do OGE que têm até hoje.

Por outro lado, aumentar o acesso à electricidade, o que implica electrificar as províncias de Luanda, Benguela Huíla e Huambo e ainda as sedes municipais para que, aproximadamente, um milhão de pessoas possam beneficiar de electricidade com a execução.

 

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