Portugal: Endiama preocupada em “atingir” metas de produção previstas pelo Governo angolano

O presidente do conselho de administração da Endiama, empresa de diamantes estatal angolana, defendeu hoje a união de esforços entre empresas do setor para se alcançar as metas de produção previstas, que estão “um bocado aquém” devido à covid-19.

José Ganga Júnior discursava, no Dundo, capital da província angolana da Lunda Norte, na abertura de um encontro de balanço semestral da produção de diamantes, com a classe empresarial, nomeadamente os que tratam da produção.

Segundo o responsável, o encontro expressa a vontade de alterar o paradigma de funcionamento, caracterizado por uma atuação individual.

“Nós até agora temos atuado um bocado de per si, cada um por si, pensamos que somos um corpo único, em que é sempre importante promover interação entre nós, mesmo para sairmos cada vez mais fortalecidos, nos constituirmos apenas num subsetor, que é dos diamantes e devemos constituir de facto uma família”, referiu.

O presidente da Endiama frisou que a conjuntura atual é “complicada” com a questão da covid-19, que afetou todos, daí a necessidade de se encontrar soluções conjuntas para ultrapassar as dificuldades, apesar das especificidades e realidades próprias de cada empresa.

“Vivemos uma situação complicada, a questão da covid, todos fomos afetados, todos temos dificuldades graves, embora, cada vez, temos estado a alcançar anticorpos para ultrapassarmos, mas, com certeza, que há muita coisa que pode ser partilhada entre nós”, salientou.

Segundo José Ganga Júnior, as empresas têm o desafio de trabalhar para alcançar as metas de desenvolvimento definidas pelo Governo para este mandato de governação, que termina em 2022.

“Nós temos um desafio muito grande, em termos do subsetor dos diamantes para 2022. Todos sabem quais foram as metas de desenvolvimento que foram definidas pelo Governo para este mandato de governação, teremos que trabalhar para alcançarmos aí cerca de 13,8 milhões de quilates, com uma faturação de cerca de 1,5 mil milhões de dólares”, adiantou.

A pandemia de covid-19 obrigou a fazer ajustamentos, referiu José Ganga Júnior, acrescentando que a maior parte dos participantes no setor, “ou quase todos, têm dificuldades no cumprimento das metas fixadas”.

“Mas, entretanto, pensamos que já temos condições para conviver com a covid, toda a gente diz que a covid veio para ficar, temos que nos ajustar, então é altura de nós, conjuntamente, vermos que mecanismos podemos utilizar para recuperar o tempo perdido sobre as metas de produção, que estão um bocado aquém, com vista a que possamos fazer o nosso melhor e cumprir com o que está estabelecido”, afirmou.

O encontro inicial realizado com apenas seis empresas serviu para o esclarecimento de dúvidas, partilha de experiências e recomendações.

José Ganga Júnior considerou importante que nos primeiros 15 dias de novembro estejam em condições de fazer um balanço dos últimos meses do ano “e, fundamentalmente, para programar a vida em 2022, os planos, os programas”.

“A pretensão é que entre novembro e a primeira quinzena de dezembro realizemos as assembleias-gerais com os sócios de todas as empresas, no sentido de fazer um balanço do que foi o ano de 2021, mas basicamente ver o que é que vamos fazer”, adiantou.

 

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