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Portugal participa em “Escolas Amigas” da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com sete escolas de norte a sul

Portugal participa na iniciativa Escolas Amigas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com sete estabelecimentos de ensino de norte a sul do país, informou hoje, em Luanda, o ministro da Educação português.

João Costa disse, em declarações à Lusa, à margem da XII reunião de ministros da Educação da CPLP, que em Portugal vão fazer parte da rede escolas dos municípios de Coimbra, Moimenta da Beira, Lagoa, Moita, Amadora, entre outros.

O ministro da Educação português considerou a iniciativa muito importante, que permite dar um passo na cooperação na educação entre os países da comunidade, conhecer práticas de diferentes países, estabelecer redes de intercâmbio entre alunos e professores e, principalmente, promover um diálogo intercultural, bem como aprofundar junto das crianças e dos jovens o multiculturalismo como ponto para a aceitação de todos.

O governante referiu que na rede de cooperação existem vários objetivos centrais, entre os quais o fomento da educação para a cidadania, da educação para o desenvolvimento global em temas como a sustentabilidade, a multiculturalidade, as alterações climáticas.

“Se nos centrarmos neste diálogo multicultural, no multiculturalismo como pilar para a sustentabilidade da nossa espécie, do nosso planeta, o currículo vai integrar este conhecimento recíproco dos diferentes países”, realçou o ministro.

Para a reunião, avançou ainda João Costa, Portugal vai partilhar experiências da sua participação intensa na atividade da transformação da educação no âmbito das Nações Unidas e na UNESCO, onde está como representante de uma das zonas do comité diretivo de acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável IV da educação de qualidade para todos.

“Aquilo que temos vindo a fazer é o processo de consulta nacional, participar nos fóruns internacionais, nos desafios que estão na área da qualidade dos professores, do financiamento da educação, da promoção de uma educação cada vez mais inclusiva, da adaptação e transformação dos sistemas educativos face aos desafios da transição digital, da sustentabilidade do planeta”, indicou.

João Costa manifestou disponibilidade para trazer essas práticas de Portugal, o conhecimento que tem “pela participação muita ativa nestas iniciativas da UNESCO”, no sentido de um aprendizado conjunto, transportando alguns exemplos das práticas em escolas portuguesas.

A partilha de conhecimento no encontro inclui também os vários planos que Portugal tem desenvolvido nos últimos anos, que visam aprofundar no currículo “dimensões que são absolutamente essenciais para o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens”.

“Em particular, a sensibilidade estética e artística, a leitura por prazer, a educação para a arte também através do cinema, colocando artistas residentes nas nossas escolas”, referiu o ministro, destacando a “grande eficácia” desses planos “no quadro da educação dos alunos, no gosto por estar na escola”.

“E temos vindo a ser desafiados por vários países da CPLP para conhecerem esses nossos planos, para partilharmos os nossos recursos, os nossos materiais, as nossas experiências e tem sido muito bom o avanço nesta cooperação, temos trabalho com Cabo Verde, com Angola”, avançou.

Sobre a aprendizagem da língua portuguesa na CPLP, João Costa disse que há desafios que passam por realidades linguísticas muito diversas, nomeadamente a coexistência de muitas línguas nacionais, o que “convoca para aprender muito uns com os outros”, bem como delinear diferentes estratégias do ensino do português no respeito pela diversidade linguística.

Por sua vez, a ministra da Educação angolana, Luísa Grilo, disse que a iniciativa Escolas Amigas da CPLP, cujo lançamento decorre na Escola São José de Cluny, em Luanda, vai permitir que as crianças saibam o que é a CPLP, a troca de conhecimentos no âmbito da mobilidade de estudantes para que as escolas sejam próximas umas das outras.

Luísa Grilo referiu que Angola arranca com três escolas, duas na província de Luanda e uma no Namibe, e com a rede de escolas da CPLP vai-se aferir como a língua portuguesa é usada em cada uma das realidades dos Estados-membros.

“Essas diferenças é que fazem a riqueza da nossa comunidade, somos um mosaico bastante rico, porque temos muitas experiências, muitas culturas, muitos povos, que podem complementar-se e desde cedo educar as crianças para terem o conhecimento da diversidade do que é a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, é o nosso objetivo fundamental”, frisou.

Na cerimónia de abertura, João Imapanzo, em representação do secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa, enfatizou o início da iniciativa Escolas Amigas da CPLP com 19 estabelecimentos de ensino básicos e secundários públicos e privados.

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