spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Angola quer dinâmica na “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)” para cooperação fluir a nível da educação

A Vice-presidente angolana enfatizou hoje a necessidade de haver na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) uma dinâmica que faça a cooperação fluir e concretizar o fomento da literacia, tecnologias de informação e investigação científica.

Esperança Costa procedeu à abertura da XII reunião de ministros da Educação da CPLP, que se realiza em Luanda, com foco na “Cooperação Multilateral, Caminho Seguro para uma Educação Transformacional na CPLP”.

Segundo a vice-presidente de Angola, a educação constitui um dos pilares da comunidade e nela estão assentes as bases para o desenvolvimento sustentável, nos mais variados domínios, realçando que “a CPLP deve, no seu conjunto, continuar engajada nas questões atinentes à educação, sobretudo, uma educação capaz de acompanhar as mutações que se operam no plano das tecnologias”.

“Penso ser crucial, começar-se a olhar, cada vez mais, para as posições concertadas e intensificar a cooperação, canalizando-a, para segmentos específicos da educação, com ênfase para a educação financeira, a educação para ação climática e a educação para as tecnologias, com forte incidência para as digitais, nesta era da inteligência artificial, da Internet das coisas e das redes sociais”, referiu.

A vice-presidente apelou a uma partilha de conhecimentos dos outros Estados-membros, mais avançados nesta matéria, “no quadro de uma cooperação mais estreita”.

“Estamos cientes de que até lá, temos uma longa estrada por fazer. Mas, precisamos iniciar esta caminhada, respeitando a peculiaridade e as potencialidades de cada um dos Estados-membros da nossa organização”, sublinhou.

“Precisamos introduzir as nossas crianças à iniciação ao cálculo matemático, às línguas e às TIC [tecnologias da informação e comunicação], sem esquecer, naturalmente, a componente ética que lhe deve estar subjacente, sendo também dado assente que a educação deve estar voltada para humanização, deve ensinar a cooperar e nem sempre a competir”, acrescentou.

Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP em 17 de julho de 2021, tendo eleito o “Reforço da Mobilidade entre os Estados-membros” e uma atenção especial ao setor económico, como temas prioritários da sua presidência, destacou Esperança Costa.

Neste sentido, prosseguiu a vice-presidente, foi ratificado o Acordo de Mobilidade, olhando, entre outras questões, para as vantagens que confere no campo específico da mobilidade de estudantes, docentes, investigadores e cientistas, no quadro do intercâmbio académico.

De acordo com Esperança Costa, no plano específico da educação, a mobilidade deve ser tida como eixo crítico para potenciar e enriquecer experiências, facilitar o reconhecimento e acreditação mútua de estudos, entre outras vantagens.

“Assim, na esteira do aumento da qualidade do ensino, tenho a honra de testemunhar, aqui, ao lançamento oficial da iniciativa ‘Rede de Escola Amiga da CPLP’, uma plataforma de estabelecimentos de ensino dos Estados-membros e países terceiros que partilham experiências educativas com base nos princípios e valores da nossa organização”, frisou.

Esperança Costa vincou igualmente a necessidade de no quadro das parcerias globais e da operacionalização do plano de ação, continuar a estabelecer uma maior aproximação às organizações internacionais especializadas em educação e às instituições financeiras internacionais, reforçando o multilateralismo para o desenvolvimento inclusivo.

A reunião vai servir para uma avaliação do Plano de Ação da Cooperação multilateral em educação na CPLP 2022-2024, a promoção da cooperação entre a comunidade lusófona e outras organizações internacionais em tempos de emergência, com realce para a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), por via do projeto Educação em Situações de Emergência, entre outros assuntos.

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados