Portugal: Petrolífera angolana Sonangol vai “manter-se” como importadora de combustíveis refinados

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) vai ainda manter-se, por algum tempo, como única empresa importadora de combustíveis refinados, enquanto o Governo subvencionar os preços.

Conforme o director- geral do Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP), Albino Ferreira, a Sonangol já não devia ser a única importadora de combustíveis refinados, mas, “enquanto não se começar a praticar os preços reais nos postos de abastecimento, ainda vai manter-se”.

Respondendo algumas questões colocadas por jornalistas, após a apresentação do relatório dos três anos de existência do IRDP, admitiu haver empresas  locais interessadas na importação de combustíveis refinados (gasóleo e gasolina), sem, no entanto, avançar mais detalhes.

No actual contexto, referiu, a retirada da subvenção nos preços do combustíveis pode trazer consequências económicas e sociais, daí a necessidade de um estudo mais aturado para se encontrar uma solução mais adequada, para quem não será para agora.

Por cada litro de combustível, “o Estado suporta actualmente 60% do custo, sendo a gasolina fixada a 160 kwanzas e o gasóleo 135 kwanzas, quando o preço real mínimo estaria a volta de 400 kwanzas, o litro”.

Com estas subvenções, anualmente, o Estado gasta entre 1,5 a 2,0 mil milhões de dólares.

A última actualização dos preços dos combustíveis foi feita há cinco anos, a 01 de Janeiro de 2016.

Ao contrário da gasolina e do gasóleo, só o JET-A1, combustível para aviação, são actualizados de forma automática pelo Ministério das Finanças, com base numa concertação entre o IRDP e as empresas operadoras do sector.

O preço de referência do Jet A1 foi de 209,51 kwanzas em Março, menos 33,87 kwanzas ou 13,92 por cento que em Fevereiro.

O preço  caiu de 269,29 para 235,76 kwanzas, ou menos 33,53 kwanzas e 12,45 por cento do que em Fevereiro, enquanto o de venda e distribuição (na base logística) perde 32,66 kwanzas ou 10,44 por cento, passando de 312,80 para 280,14 kwanzas.

Na instalação aérea, as companhias compraram, na altura, o combustível a 329,75 kwanzas, abaixo dos 366,01 de Fevereiro, o que inclui taxas e impostos e constitui uma redução de 36,27 kwanzas ou de 9,91 por cento.

 

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