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Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço acusado de gastar “avultadas somas em viagens luxuosas”

O Tamanho da delegação de João Lourenço e os jatos usados reacendeu um velho de debate na sociedade civil angolana, sobre a composição e gestão das finanças, que envolvem as deslocações do Presidente ao estrangeiro.

A recente deslocação do Presidente angolano, João Lourenço, ao Brasil, para a tomada de posse do Presidente Lula da Silva, na última semana, foi considerada pela imprensa brasileira uma das mais luxuosas e numerosas representações presidenciais presentes no evento.

De acordo com a imprensa brasileira o tamanho da delegação angolana e os luxuosos aviões e jatos privados causaram estupefação e admiração, quando comparada a outras delegações, que se apresentaram com aviões modestos e delegações em menor número.

Segundo o portal Brasileiro AEROIN.NET, dentre os luxos constavam dois jatos – Bombardier Global Express com a matrícula P4-BFK – adquiridos a empresa BestFly, e uma aeronave com a chapa de matrícula D2-ANG. O portal assinala, igualmente, para um terceiro voo, no caso, o jato de maior porte do grupo – um Boeing 787-8 Dreamliner de matrícula 2-DEER.

Em entrevista à DW Africa, Guilherme Neves, presidente da Associação Mãos Livres, uma das mais acutilantes organizações da sociedade civil angolana na defesa de direitos humanos e transparência, considera ter havido exagero da presidência angolana, tanto na composição da delegação, como no número de voos usados na deslocação ao Brasil.

“Uma viagem para testemunhar tomada de posse de um Presidente, acho que, não precisaria de uma comitiva tão alargada”, disse Guilherme Neves que alega que “são muitos valores” gastos pela presidência angolana.

“Devemos poupar um pouco mais. [E estes valores], talvez serviriam para tentar resolver outros problemas a nível social”, afirmou Neves à DW África.

“Mau exemplo a sociedade”

Quem também discorda com a composição da comitiva presidencial, nos eventos internacionais, é o jornalista Reginaldo Silva. Para o antigo repórter presidencial, pela estação pública, é um exagero, a forma como o país se apresenta, nos eventos internacionais, pois a nível interno, o país enfrenta problemas a resolver tais como combate a fome e a pobreza.

O jornalista que falava à rádio MFM fez saber que, ao insistir no exibicionismo e gastos avultados em viagens ao exterior, a Presidência da República dá um mau exemplo a sociedade e deita à baixo o discurso do uso racional dos recursos, apregoado pelo executivo de João Lourenço.

“Manter estes esbanjamentos, quanto a mim, e, sublinho esbanjamentos, para não haver qualquer dúvida, é incongruente com o que o Governo se diz apostado, comprometido com a resolução de problemas básicos”.

Para o jornalista, o Governo deveria dar exemplo. “Quando se gasta assim, lá em cima, de facto, há pouca moral depois para se exigir outras economias, outro tipo de gestão mais parcimoniosa da coisa pública aos níveis inferiores”.

 

 

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