Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço defende diálogo “Rússia-NATO” e “Rússia-União Europeia (UE)” para paz na Europa

O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço, defendeu hoje que uma paz duradoura na Europa implicará “nalgum momento” negociações diretas entre Rússia e NATO e a Rússia e a União Europeia, pedindo para já um cessar-fogo incondicional na Ucrânia.

João Lourenço, que falava na abertura da sessão ordinária do Comité Central do MPLA, enquanto presidente do partido, reiterou que Angola condena “a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano” e defende um “cessar-fogo incondicional e o início de negociações entre as partes diretamente envolvidas no conflito – a Rússia e a Ucrânia”.

Mas, sublinhou o chefe de Estado Angolano, face às proporções que o conflito atingiu, não basta a normalização das relações entre os dois países e importa “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações diretas entre a Rússia e a NATO, entre a Rússia e a União Europeia”.

Washington e Pequim, pela influência que têm sobre cada um dos países em conflito, devem concertar “ações diplomáticas direcionadas para a resolução deste conflito”, defendeu ainda, sublinhando que é preciso “salvar a Europa para salvar o mundo”.

Esta posição foi assumida no final do discurso em que referiu que “o partido deve acompanhar com a devida atenção os últimos acontecimentos que ocorrem no mundo e que prenunciam o retorno à Guerra Fria ou mesmo o desenhar de um cenário pior ao da II Guerra Mundial, com alinhamentos formados por dois eixos antagónicos”.

Antes, o líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lançou para debate na reunião do Comité Central o tema “Impacto das Políticas Públicas na vida da Juventude” e fez uma súmula das políticas do seu Governo com especial atenção a “franjas específicas da sociedade como são os jovens, a mulher, a criança, os velhos e os portadores de deficiência”.

João Lourenço disse que a decisão, no último congresso do partido, de alargar a composição do Comité Central foi tomada com o objetivo de valorizar a juventude, fazer uma “renovação geracional”.

Antes de declarar aberta a IV sessão ordinária do Comité Central do MPLA, o Presidente elencou as dezenas de projetos de infraestruturas, desde aeroportos a refinarias, universidades e hospitais, muitos dos quais prometeu que serão inaugurados este ano.

Uma “carteira importantes projetos estruturantes que terão um grande impacto no desenvolvimento económico e social do país e que contribuirão para o aumento da oferta de postos de trabalho”, sublinhou.

O líder do MPLA pediu ainda que o trabalho do Partido não se limite às reuniões dos comités e à participação nos grandes atos de massas, mas que trabalhe “com a sociedade civil” e as suas organizações representativas.

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