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Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço defende que Angola deve diversificar “cooperação e parcerias” também na “defesa e segurança”

O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço defendeu hoje que Angola “deve diversificar” a sua cooperação e parcerias também no domínio da defesa e segurança, procurando igualmente formar oficiais e especialistas militares nas melhores escolas e academias militares do mundo.

“Assim como adquirir equipamentos, armamentos e técnica militar aí onde nos forem abertas as portas e garantindo financiamento em condições favoráveis”, afirmou hoje João Lourenço, na abertura da reunião das chefias militares das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Segundo o chefe de Estado angolano, uma primeira experiência de aquisição de equipamentos militares está já a acontecer com a Marinha de Guerra do país, que está a ser equipada com embarcações navais de “diferentes categorias”.

“Para enfrentar em melhores condições as ameaças da pirataria e do terrorismo internacional quer nas águas territoriais da nossa extensa costa marítima, assim como cooperando também com outras marinhas de guerra dos países do Golfo da Guiné”, notou.

João Lourenço, que falava na qualidade de comandante em chefe das FAA, na abertura desta reunião que decorre em Menongue, província angolana do Cuando-Cubango, referiu que as forças armadas foram sempre determinantes na manutenção da soberania nacional e da integridade territorial do país.

“Foi nesta província do Cuando-Cubango, na histórica Batalha do Cuito Cuanavele, que as nossas forças armadas quebraram o mito da invencibilidade do seu exército como defendia o ‘apartheid'”, frisou.

“Estas mesmas forças armadas angolanas que defenderam o país das agressões externas também foram elas que negociaram com sucesso a paz e reconciliação nacional, cujo 22.º aniversário comemorámos há dias”, assinalou.

O estado atual das FAA, que congrega os ramos do Exército, Força Aérea e Marinha de Guerra, está em análise nesta reunião das chefias militares angolanas.

O Presidente angolano, que dirige a reunião, está desde terça-feira naquela província do sul do país, onde assistiu as manobras militares dos três ramos das FAA.

Hoje, no arranque dos trabalhos, João Lourenço considerou também que a preparação combativa e a formação do homem nos estabelecimentos de ensino militar de todos os níveis que o país possui “deve ser uma constante para manter bem alto o grau de prontidão combativa das unidades das FAA”.

A docência nas escolas e academia militar “deve ser assegurada não só por expatriados contratados, mas, sobretudo, por oficiais generais e oficiais angolanos, incluindo reformados das diferentes especialidades que se sintam ainda com capacidade para transmitir sua rica experiência”, realçou.

Defendeu igualmente a necessidade de se prestar atenção particular ao desenvolvimento das indústrias de defesa viradas para a produção e manutenção de armamento e técnica militar diversa, munições, fardas, botas e utensílios de caserna.

Estando prevista a conclusão, dentro de dois meses, das obras de ampliação e modernização da Base Naval do Soyo, província angolana do Zaire, o Governo tem “em perspetiva a construção daquela que virá a ser a principal base naval do país”, referiu.

“Esforços devem ser direcionados no sentido de as FAA desenvolverem a produção agrícola e pecuária em grande escala para garantir a autossuficiência alimentar do seu efetivo e ter excedentes para injetar no mercado de consumo”, rematou o Presidente angolano.

João Lourenço felicitou ainda as chefias militares angolanas pelas manobras militares realizadas com fogo vivo, nesta terça-feira, no Cuando-Cubango.

A reunião das chefias militares das FAA decorre sob o lema “Na Paz Fortaleçamos as Forças Armadas”.

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