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Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço felicita “Félix Tshisekedi” pela reeleição como Presidente da RDCongo

O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço felicitou hoje Félix Tshisekedi pela vitória nas eleições gerais da República Democrática do Congo (RDCongo), cuja reeleição considerou revelar “a confiança depositada pelo povo congolês”.

A mensagem de João Lourenço, igualmente na qualidade de presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), realça que a recondução de Félix Tshisekedi demonstra que os congoleses valorizam positivamente toda a ação política e esforços que tem empreendido nos últimos quatro anos para restabelecer a paz, a estabilidade e a concórdia na República Democrática do Congo.

“Apraz-me ainda destacar a forma ordeira como decorreram as eleições, por se tratar de uma manifestação de grande maturidade política do povo congolês, merecendo, por isso, o nosso grande apreço”, referiu o Presidente angolano.

João Lourenço expressou ainda estar certo de que a renovação da liderança de Félix Tshisekedi à frente dos destinos da RDCongo, país vizinho de Angola, é uma garantia de que vão ser dados passos fundamentais em direção à restauração da paz na sub-região, ao fortalecimento da cooperação ao nível da SADC e ao estreitamento contínuo das relações de cooperação existentes entre os dois países.

O chefe de Estado angolano desejou ao Presidente reeleito “os maiores sucessos no cumprimento da nobre e honrosa missão de conduzir os destinos da nação congolesa nos próximos anos, que lhe foi conferida pelo povo congolês”.

As eleições gerais na RDCongo foram realizadas nos dias 20 e 21 de dezembro e Thshisekedi venceu com 73,23% dos votos, segundo as autoridades eleitorais.

No entanto, os principais opositores, incluindo Martin Fayulu, Moïse Katumbi e Denis Mukwege, rejeitaram a vitória do Presidente congolês e apelaram aos seus apoiantes para que se manifestassem. Katumbi, que ficou em segundo lugar com 18,08% dos votos, chegou mesmo a pedir uma repetição das eleições no domingo no país vizinho de Angola, e classificou os resultados como uma “fraude em massa”.

O líder da oposição, Martin Fayulu, teve apenas 5,33% dos votos, enquanto o vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2018, o ginecologista Denis Mukwege, recebeu menos de 1%.

Estes resultados têm ainda de ser validados este mês pelo Tribunal Constitucional congolês.

Mais de 40 milhões de pessoas – dos mais de 100 milhões de habitantes do país – foram convocadas em 20 de dezembro para exercer o seu direito democrático em 75.000 assembleias de voto para votar nas eleições presidenciais, legislativas, provinciais e locais.

Foram registados cerca de 18 milhões de votos válidos, o que representa uma taxa de participação de 43%.

O processo foi marcado por atrasos e problemas logísticos, que obrigaram a prolongar a votação e por alegações de irregularidades por parte da oposição.

A influente Conferência Nacional Episcopal Congolesa (CENCO), que supervisionou imparcialmente as eleições, indicou na passada quinta-feira que existiam “numerosos casos de irregularidades” que poderiam alterar os resultados “em certos locais”.

A RDCongo é o maior país da África subsaariana e tem enormes riquezas minerais (incluindo vastas reservas de cobalto, fundamental para o fabrico de baterias para veículos elétricos), mas tem más infraestruturas em grande parte do território.

Além disso, mais de uma centena de milícias operam no leste do país, que assistiu a uma nova escalada de combates do Movimento 23 de março (M23) desde outubro.

Tshisekedi chegou ao poder nas eleições de 2018, criticadas pela oposição e pela comunidade internacional.

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