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Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior pede à comunidade internacional para “não fechar os olhos a actos inconstitucionais” em Angola

Em conferência sobre Democracia em África, da Internacional Democrática do Centro, o líder da UNITA denuncia “conivência” de governos e instituições com Luanda.

O presidente da UNITA pediu à comunidade internacional que não feche o olhos aos “actos inconstitucionais” praticados pelo partido no poder em Angola e criticou a “conivência” do Banco Mundial que “aprovou programas de financiamento formalmente concebidos para comprar votos”.

Adalberto Costa Júnior fez estas acusações na conferência sobre Democracia em África, que decorre nesta sexta-feira, 24, em Lisboa, e organizada pela Internacional Democrática do Centro (IDC).

“Faço daqui um apelo à União Africana, à União Europeia, ao Parlamento português e aos Estados Unidos para que não fechem os olhos aos atos inconstitucionais que o partido no poder fez e faz para se manter no poder e perpetuar a pobreza, as dificuldades e as crises que afetam os direitos e a liberdade do povo”, afirmou o líder da oposição angolana, quem criticou a “conivência” de vários países e instituições.

Costa Júnior citou o Banco Mundial que “aprovou programas de financiamento formalmente concebidos para comprar votos”, e disse que há “milhares de angolanos a abandonar o país a seguir às eleições”.

O líder da UNITA voltou a dizer que o seu partido ganhou as eleições de 2022 e ainda afirmou que “em três anos de liderança da oposição, nunca me deixaram debater com o Presidente João Lourenço, nunca fui entrevistado nos canais públicos de comunicação social, o Tribunal Constitucional anulou, a 10 meses das eleições, o congresso que elegeu o candidato da oposição, que tinha sido feito três anos antes”.

Adalberto Costa Júnior, que apontou a enorme saída de cidadãos para o exterior depois das eleições, concluiu a sua intervenção dizendo que o passado colonial “não explica as dificuldades actuais, mas sim as elites governantes e os golpes constitucionais, como aconteceram em Angola e na Guiné Equatorial”.

Na conferência, o líder da Renamo, de Moçambique, Ossufo Momade, afirmou que o processo eleitoral está viciado e que “as eleições estão longe de ser livres, justas e transparentes”.

Por seu turno, Ulisses Correia e Silva, presidente do MpD, no poder em Cabo Verde, e líder da IDC África, alertou para o perigo do populismo, enquanto o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló defendeu mais investimentos e espaço para mulheres.

A IDC é integrada por cerca de 90 partidos do centro e no encontro de lísboa também participa o primeiro-minsitro são-tomense e presidente da Acção Democrática Independente (ADI), Patrice Trovoada.

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