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Presidente João Lourenço na Republica Democrática do Congo (RDCongo) para “conversações” com Félix Tshisekedi

O Presidente angolano, João Lourenço, viajou hoje para a Republica Democrática do Congo (RDCongo), para conversações com o homólogo Félix Tshisekedi, no âmbito do acordo de cessar-fogo assinado no mês passado, sob mediação angolana, noticiou a Angop.

Segundo a agência de notícias angolana, a visita faz parte dos esforços diplomáticos que visam garantir o cumprimento do novo acordo de cessar-fogo, assinado a 30 de Julho último, em Luanda, entre a RDCongo e o Ruanda, sob a mediação de João Lourenço.

Na véspera, João Lourenço assistiu em Kigali à investidura do homólogo ruandês, Paul Kagame, com quem se encontrou à margem da tomada de posse, abordando temas como a cooperação bilateral e a atualidade africana, com foco na relação entre o Ruanda e a RDCongo e o cessar-fogo no conflito do Leste congolês, segundo os serviços de imprensa da presidência.

No seu primeiro discurso oficial, depois de tomar posse para um novo mandato de cinco anos, Kagame, citado pelo Jornal de Angola, agradeceu aos Presidentes de Angola,  João Lourenço, e do Quénia,  William Ruto, pelos esforços em prol da paz, salientando que esta é uma prioridade para o Ruanda, e que todas as partes envolvidas têm de dar passos nesse sentido.

Antes desta visita, João Lourenço, na qualidade de mediador da União Africana (UA) no conflito, conversou por telefone com Kagame e com Tshisekedi sobre a consolidação do processo de paz e encontrou-se em Luanda na semana passada com o homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, que agradeceu também os esforços de João de Lourenço na busca da paz na região.

A RDCongo acusa o Ruanda de apoiar o movimento rebelde M23, para se apoderar dos recursos minerais do Leste do país, enquanto o grupo armado alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi que vive na província do Kivu-Norte.

Na passada terça-feira, Félix Tshisekedi, acusou o antecessor, Joseph Kabila, de preparar uma “insurreição” e de coordenar ou pertencer à Aliança Francesa do Congo (AFC), um movimento político-militar que inclui o Movimento 23 de Março (M23).

“A AFC é ele”, assegurou Tshisekedi, sem dar mais pormenores, nesta entrevista concedida à rádio congolesa Top Congo, na Bélgica, onde se encontra para tratamento médico, e publicada pela Presidência da República Democrática do Congo na sua conta na rede social X.

O M23 é um dos mais de 100 grupos armados ativos no leste da RDCongo, muito rica em ouro, metais raros fundamentais às maiores tecnológicas mundiais e vários outros recursos minerais.

A Aliança Rio Congo, movimento político-militar que integra grupos armados como o M23, felicitou na quinta-feira todos os intervenientes que procuram uma resolução pacífica da crise no leste da República Democrática do Congo, depois do anúncio de um cessar-fogo entre o Ruanda e a RDCongo mediado por Angola, mas sublinhou que não está “automaticamente vinculada às conclusões de reuniões para as quais não foi convidada”, reclamando o diálogo direto com o Governo de Kinshasa.

 

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