República Popular da China e República de Angola prometem reforçar cooperação na “celebração dos 40 anos” das relações diplomáticas

O Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente de Angola, João Lourenço, assinalaram hoje o 40.º aniversário das relações diplomáticas, salientando as vantagens para o desenvolvimento económico e a partilha de valores e interesses.

“Xi Jinping apontou na sua mensagem que desde o estabelecimento dos laços diplomáticos há 40 anos, China e Angola foram sempre sinceras e amigáveis, trabalharam juntas e perceberam e apoiaram-se mutuamente nas questões envolvendo os seus interesses estratégicos e as principais preocupações”, lê-se num comunicado do Governo chinês.

As relações entre os dois países “estão num bom momento de desenvolvimento, e a cooperação bilateral em vários campos tem dado resultados frutuosos, trazendo benefícios tangíveis aos povos dos dois países”, acrescentou o líder chinês no comunicado.

O presidente do gigante asiático “está pronto para trabalhar com João Lourenço e aproveitar as comemorações do 40.º aniversário para criar uma oportunidade de aprofundar a confiança política mútua, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica, melhorar a amizade entre os povos e escrever um novo capítulo no desenvolvimento da robusta parceria estratégica entre os dois países”.

No comunicado, o Presidente de Angola é citado como lembrando que o estabelecimento de laços bilaterais contribuiu para o desenvolvimento e que a cooperação mutuamente benéfica em vários setores garantiu grandes feitos, com resultados satisfatórios.

Angola, concluiu, quer fortalecer as relações amigáveis e cooperativas com a China, construir um futuro em que ambos ganhem, e atingir progresso comum, prosperidade e desenvolvimento para assegurar mais benefícios para os cidadãos dos dois países.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês chega hoje a Luanda para uma curta visita integrada no seu roteiro africano e que coincide com a data do início das relações diplomáticas entre China e Angola, há 40 anos.

Durante a sua passagem por Luanda, Qin Gang vai visitar ainda hoje a embaixada e o complexo diplomático da China em Luanda e na sexta-feira irá ao parque tecnológico da Huawei, uma gigantesca estrutura composta por centros de formação e inovação, que custou 60 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) e foi inaugurada no ano passado.

Na sexta-feira, reúne-se com o Presidente angolano, João Lourenço, e com o seu homólogo angolano das Relações Exteriores, Téte António, com que vai avaliar as relações bilaterais, segundo o programa previsto.

Qin Gang iniciou o seu périplo em África pela Etiópia, sendo esta também a sua primeira visita internacional.

Além de Etiópia e Angola, Qin, nomeado como ministro dos Negócios Estrangeiros em 31 de dezembro, vai viajar até ao Gabão e Benim.

O objetivo desta viagem, que durará até 16 de janeiro, é aprofundar a parceria estratégica e a cooperação entre a China e África.

Qin cumpre assim uma tradição de 33 anos, segundo a qual o chefe da diplomacia chinesa faz a sua primeira viagem do ano ao estrangeiro a África

A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente e é também de Angola.

Angola é o maior devedor dos asiáticos entre os países africanos.

 

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