Professores do ensino superior angolano interromperam a greve marcada até 15 de agosto, fim do ano letivo, e esperam que sejam atendidos “dois pontos fraturantes” até 10 de novembro, sob pena de ameaçar o “arranque do próximo ano académico”.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) público, Eduardo Peres Alberto, a decisão foi hoje tomada em assembleia-geral extraordinária, para apresentação dos resultados da mais recente ronda negocial à classe, que contou com a presença de representantes do Governo.
“Vamos continuar com os trabalhos académicos até ao final do ano letivo e, caso não sejam atendidos os pontos reivindicados, a greve é retomada no dia 10 de novembro, o que pode pôr em causa o arranque do próximo ano letivo”, disse Eduardo Peres Alberto.
A greve dos professores do ensino superior estava prevista ser retomada hoje, por falta de entendimento entre os docentes angolanos e a entidade empregadora principalmente no que se refere a “salários condignos e seguro de saúde”, os dois pontos que dividem as partes há alguns anos.
Na anterior reunião de negociações, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, disse que “não há condições para aumento salarial”, solicitando aos professores um “sentido de bom senso, porque nenhum dos lados pretende prejudicar o ensino”.