A nova Administraçao da companhia aérea de bandeira nacional TAAG completou 100 dias de exercício no momento em que é desafiada a sobreviver à crise económica actual e, sobretudo, a fazer a empresa conquistar o seu lugar na indústria aérea global. Analistas económicos e políticos abordam presente e futuro incerto da companhia aérea angolana.
Os novos gestores confirmam que a empresa encontra-se numa situação financeira asfixiante ou de fragilidade agravada, desde 2019.
Entretanto, economistas em Luanda afirmam que a nova gestão da TAAG está em défice por não ter apresentado um plano de reestruturação da empresa.
No balanço feito em conferência de imprensa, nesta semana, “a nova gestão da empresa revelou que a disponibilidade financeira da transportadora aérea cresceu, desde Outubro de 2021, de seis para 180 dias o seu fluxo de caixa, o que representa uma recuperação de tesouraria de 40 a 60 por cento”.
A companhia diz, igualmente, que eliminou, até ao momento, grande parte da dívida de 1,2 mil milhões de dólares que tinha junto de fornecedores internos e externos, restando um valor de apenas 250 milhões.
A Administração não se pronunciou sobre o número de funcionários que continua em casa a aguardar pelo seu futuro, diante de um cenário também marcado por muitos aviões em terra.
Em Outubro, “o Presidente João Lourenço exonerou a anterior Administração com a justificação da necessidade de acelerar o plano de reestruturação que tem como objectivo estratégico a privatização parcial da companhia”.
Nesta edição da Janela de Angola, os economistas Carlos Rosado de Carvalho e Maurício Nguelessi e o analista político, Albino Pakisi, abordam o presente e o futuro da TAAG.