A Taxa de Desemprego em Angola diminuiu em termos homólogos no 4.º trimestre de 2022, para 29,6%, mas continua a ser superior a 50% na classe etária dos mais jovens, entre os 15 e os 24 anos.
Segundo o Inquérito ao Emprego hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada com 15 ou mais anos, foi estimada em 4.921.440 pessoas (-8% em termos homólogos), abrangendo 29,6% dos angolanos economicamente ativos (-3,3 pontos percentuais face ao último trimestre de 2021).
A taxa de desemprego na área urbana (38,5%) é cerca de três vezes superior à da área rural (13,5%), com uma diferença de 25 pontos percentuais e os jovens entre os 15 e 24 anos são o grupo etário mais afetado, com uma taxa de desemprego de 52,9%, ainda assim inferior aos 59,8% registados no último trimestre de 2021.
Em termos trimestrais, “a população desempregada com 15 ou mais anos, aumentou 0,2% entre outubro e dezembro de 2022, face aos três meses anteriores, enquanto a taxa de desemprego da população com 15 ou mais anos diminuiu 0,4 pontos percentuais”.
No quarto trimestre de 2022, no universo da população em idade ativa (pessoas com 15 ou mais anos de idade), 11.682.309 pessoas declararam que trabalharam por conta de outrem, conta própria ou num negócio familiar.
Cerca de 50% da população empregada trabalha na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, seguindo-se o comércio por grosso e a retalho com 21,7%.
A maior parte da população trabalha no setor privado e 80,5% têm um emprego informal das quais 72,3% homens e 87,9% mulheres.
No quarto trimestre de 2022, “a maioria dos empregados no emprego informal foram trabalhadores por conta própria (50,3%), trabalhadores familiares (29,5%) e trabalhadores para o consumo próprio (10,7%), sendo a taxa de emprego informal maior na área rural que na área urbana”.
A população inativa com 15 ou mais anos foi estimada em 1.895.829 pessoas, sendo a taxa de inatividade de 10,2%.
Os valores mais elevados encontram-se nos grupos etários de 65 ou mais anos (grupo de idade em que muitas pessoas se encontram reformadas e outras sem condições físicas para trabalhar devido a idade avançada) e nos jovens com 15-24 anos (grupo que inclui ainda estudantes), representando 15,8%.