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Trabalhadores da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA) de Angola iniciam greve, “reivindicando melhores condições laborais”

Trabalhadores da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA) de Angola iniciaram hoje uma greve, reivindicando melhores condições laborais, salários, progressão na carreira e assistência médica, admitindo suspender no final do dia devido à intervenção da tutela, disse fonte sindical.

A greve, por “tempo indeterminado”, dos funcionários da ENNA iniciou-se a meia-noite desta quarta-feira, devido ao incumprimento de um caderno reivindicativo submetido à administração da empresa pública angolana em maio passado.

A informação foi transmitida hoje à Lusa pelo secretário-geral do Sindicato Nacional Independente dos Trabalhadores Aeronáuticos e dos Aeroportos (SNITAA) de Angola, Anastácio Afonso, dando conta que a paralisação abrange os serviços operacionais da instituição.

“Em princípio, a greve é por tempo indeterminado e abrange os serviços operacionais da ENNA, como serviços de informação aeronáutica, o serviço de comunicação, vigilância e as áreas administrativas e serviços gerais da empresa”, disse.

O responsável sindical deu conta, por outro lado, que a greve deve ser suspensa ainda no final do dia desta quarta-feira devido à uma mediação do Ministério dos Transportes, “onde conseguimos chegar à um termo de compromisso com a empresa”.

“No sentido de retomarmos as negociações e, em função, desse compromisso assinado decidimos agora pelo levantamento temporário da greve até que este cronograma de atividades que resultarão ou não na satisfação dos pontos do caderno reivindicativo seja concluída”, explicou.

“Assinamos agora esse acordo e nas próximas horas vamos comunicar a suspensão da greve”, disse o sindicalista recordando que a paralisação salvaguarda os serviços mínimos.

A greve na ENNA “pode implicar sim cancelamentos ou atrasos de voo, mas sublinhar que nesta situação de greve nós salvaguardarmos os serviços mínimos, que no nosso caso pressupõe continuar a prestar serviços às aeronaves do Estado, aeronaves militares e as aeronaves de emergência média e voos humanitários”, salientou.

“Estão salvaguardados pelos serviços mínimos, mas de qualquer maneira a qualquer momento estaremos a comunicar o levantamento dessa greve”, insistiu ainda.

Num comunicado, a ENNA sustenta que “as razões pelas quais a declaração de greve se fundamenta mostram-se infundadas, na medida em que o processo negocial entre as partes decorreu sob mediação da Inspeção-Geral do Trabalho (IGT) e deu lugar a um acordo assinado entre as partes em 11 de agosto de 2022, cujo cumprimento vem sendo observado”.

Segundo a ENNA, em 01 de novembro, a direção do SNITAA exigiu ao conselho de administração da entidade empregadora a retoma imediata das negociações, no período de cinco dias após a submissão do documento, sob pena de declararem a greve.

 

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