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Valor das operações na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) aumentou 60% em 2022, atingindo “1,56 bilhões de kwanzas”

O Valor das operações da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) aumentou 60,2% em 2022, atingindo 1,56 bilhões de kwanzas (2,8 mil milhões de euros), anunciou hoje a instituição.

O administrador executivo da bolsa angolana, Odair Costa, afirmou que 2022 foi “um ano histórico” para o mercado bolsista em Angola, tendo sido registados 5.746 negócios nos mercados regulados pela instituição, que hoje apresentou o relatório anual dos mercados da Bodiva.

Segundo o responsável, que apresentou o relatório durante o IV Fórum Bodiva, a taxa média anual de crescimento registada nos últimos sete anos foi de 14,29%.

O montante médio trimestral dos negócios ocorridos em mercados regulamentados foi de 391,2 mil milhões de kwanzas (716 milhões de euros) e o terceiro trimestre foi o período em que se registou maior negociação, com cerca de 606,3 mil milhões de kwanzas (1,1 mil milhões de euros).

Em relação ao número de negócios realizados, registou-se um aumento de 6% face ao período homólogo, tendo sido realizados um total de 5.746 negócios, durante o ano, com uma média trimestral de 1.437 negócios.

O crescimento médio anual de negócio verificado entre 2016 e 2022 foi de 38,80%, pode ler-se no documento.

De acordo com o Relatório Anual dos Mercados Bodiva 2022, os títulos do tesouro (OT-NR) continuam a ter um peso muito grande no montante negociado (72,27%), seguindo-se as obrigações indexadas ao dólar (18,90%).

Relativamente ao montante negociado por ano de maturidade, em comparação com os períodos anteriores, “confirma-se a tendência para a concentração em títulos com maturidade residual até 3 anos”, 77,92% do montante negociado.

Sobre a atuação dos agentes de intermediação, o Banco de Fomento Angola (BFA) lidera o top, seguindo-se o Banco Angolano de Investimentos (BAI), o Standard Bank Angola (SBA), Banco Millennium Atlântico (BMA) e Banco de Poupança e Crédito (BPC).

As transações do BFA, BAI, SBA, BMA e do BPC, membros de negociação e liquidação, representaram cerca de 63,73% no mercado Bóvida no ano passado.

O BFA mantém a liderança do mercado, com um montante negociado de 625,01 mil milhões de kwanzas, com uma quota de mercado de 23,52%. O BAI surge na segunda posição, negociado 457,32 mil milhões de kwanzas e viu a sua quota de mercado cifrar-se em 17,21%.

Em relação ao desempenho por membros, referente à posição vencedora, constata-se que o BAI mantém a liderança com uma quota de mercado de 23,22%, seguido do BFA e do BPC, com uma quota de 20,48% e 13,54% respetivamente.

Quanto à Central de Custódia de Valores Mobiliários de Angola (CEVAMA) esta contava até 30 de dezembro de 2022 com um total de 64.031 contas ativas, sendo que em 2022 foram abertas 39.158 contas de registo individualizado.

Odair Costa destacou os lançamentos do Mercado de Operações de Reportes (“Repos”), do Mercado de Bolsa de Unidade, das Ofertas Públicas Iniciais (IPO) dos bancos BAI e Banco Caixa Geral Angola (BCGA), cotados em bolsa desde 2022, do Mercado das Pequenas e Médias Empresas, da Carteira do Investidor, portal online, e do segmento de negociação de títulos em dólares como ações que assinalaram o “crescimento” do mercado bolsista em 2022.

“O que a Bodiva pretende é que este mercado seja um complemento daquilo que é o mercado monetário interbancário e que ajude a transacionar liquidez com a diminuição do risco devido à existência do capital e também a uma maior inclusão operacional da Bodiva nos processos de liquidação física e financeira e também uma maior eficiência fiscal”, apontou o administrador da bolsa angolana.

A presidente do conselho de administração da Bodiva, Valentina Filipe, salientou, no seu discurso de abertura, a importância do tema do fórum, “mercado em crescimento”, que reflete as conquistas alcançadas em 2022.

“Destacamos a ativação do mercado de bolsa de ações, a entrada em bolsa do BAI e do BGCA e outros que nos levam a concluir que são apenas o desabrochar de desafios e objetivos mais ambiciosos nos quais se insere a emissão de títulos sustentáveis”, frisou.

O Crescimento do Mercado Acionista nas Bolsas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e o Mercado de Bolsa e o Financiamento Sustentável foram os temas discutidos no encontro, que incluiu também os presidentes das bolsas de Moçambique e Cabo Verde.

 

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