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Zimbábue: Vice-presidente “demite-se e reafirma inocência face a acusações de abuso sexual”

Relatos de conversas publicados na comunicação social deram conta de que Kembo Mohadi terá assediado sexualmente várias mulheres. O vice-presidente renunciou ao cargo, reafirmando a sua inocência.

O vice-presidente do Zimbabué, Kembo Mohadi, acusado de assédio sexual, anunciou esta segunda-feira a sua demissão do cargo, tendo reafirmado a inocência.

“Demito-me do cargo de vice-presidente da República do Zimbabué (…) com efeito imediato”, escreveu Mohadi, 71 anos, numa carta publicada pela conta do Ministério da Informação do país na plataforma social Twitter. Mohadi pediu, por respeito à Presidência, que a sua demissão “não seja questionada ou caricaturada”.

Preciso de me afastar para enfrentar as minhas dificuldades fora das minhas funções”, disse Mohadi, que negou qualquer má conduta pela sua parte.

“Sou vítima de manipulação de informação, distorção de gravações, espionagem e sabotagem políticas”, acrescentou.

Vários meios de comunicação locais publicaram relatos de conversas em que um homem retratado como Kembo Mohadi assediava sexualmente várias mulheres, uma das quais era, alegadamente, uma das suas colaboradoras.

Veterano da guerra de independência do Zimbabué e ex-ministro do Interior sob o comando de Robert Mugabe, Mohadi foi um dos dois vice-presidentes do país.

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