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Angola: Analistas apontam “falta de transparência” no processo de privatizações

A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, manifestou nesta semana a sua preocupação com o incumprimento de pessoas e empresas que adquiriram activos do Estado, no âmbito das privatizações de bens por prestações. Ministra das Finanças diz que mais de 14 mil milhões de kwanzas, quase 22 milhões de dólares, ainda não foram pagos pelos compradores de empresas do Estado.

Os valores do “Kilapi” do dinheiro em falta ultrapassam os 14 mil milhões de kwanzas, quase 22 milhões de dólares.

Especialistas ouvidos pela VOA resumem o que se está a passar nas privatizações é transparência, ou melhor, a falta dela.

Vera Daves disse à rádio pública RNA que já têm 73 activos vendidos, um encaixe financeiro de 73 mil milhões de kwanzas, cerca de 125 milhões de dólares, mas a grande preocupação vai para os 14 mil milhões de kwanzas que não foram pagos.

O economista Carlos Rosado de Carvalho diz que a ministra não disse nada que já não era do conhecimento público, “faltou revelar quem são essas pessoas”.

O especialista em gestão de políticas públicas David Kissadila pensa o mesmo, “falta transparência na gestão da coisa pública”.

Por seu lado, o também economista Carlos Padre entende que enquanto o Executivo continuar “arrogante e não ouvir os outros este programa de privatizações vai trazer mais prejuízos do que ganhos”.

Tomás Kambuete, outro especialista na mataéria, é peremptório e diz que a “solução é trocar os gestores porque com estes eu não acredito que haja transparência na gestão do que é público, é impossível”.

O jornalista William Tonet entende que, o processo de privatização é um expediente utilizado, “para subtrair de um grupo, para criar outro”.

A ministra das Finanças não revelou as medidas que o Governo vai tomar para receber o dinheiro em falta.

 

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