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Angola: Polícia Angolana nega morte em manifestação

A Polícia Nacional (PN) negou, na noite desta quarta-feira, a ocorrência de uma morte na manifestação de activistas da sociedade civil, frustrada pelas forças da ordem e segurança.

Durante a tentativa de manifestação, não autorizada pelo Governo de Luanda, surgiram relatos, nas redes sociais, da morte de um cidadão, por suposto disparo de arma de fogo.

Um vídeo com a imagem de um manifestante ferido e estatelado no chão chegou a ser partilhado em várias redes sociais, para sustentar a tese da suposta morte do cidadão.

Em declarações à imprensa, a propósito dos protestos, o comandante provincial da PN em Luanda, Eduardo Serqueira, negou as denúncias.

Conforme o oficial, o cidadão que se dizia ter morrido está vivo e sob cuidados médicos, no hospital Américo Boavida, em Luanda.

Eduardo Serqueira explicou que o mesmo saiu ferido na tentativa de fuga, quando os agentes da PN faziam a dispersão dos cidadãos.

Informou, por outro lado, que a corporação não fez uso de qualquer meio letal para conter os manifestantes, acção feita com jactos de água, gás lacrimogéneo e bombas de efeito moral.

O comandante provincial da Polícia Nacional precisou que foram detidos na manifestação pelo menos três cidadãos, incluindo um foragido da justiça que tinha mandato de captura.

Outros dois foram detidos por tentativa de fogo posto em dois postos de combustível, no Benfica e na avenida Pedro de Castro Van-Dunem Loy, cujas acções foram contidas.

Segundo o oficial, outros cidadãos foram levados para zonas distantes dos locais de confrontação entre a polícia e os manifestantes, para facilitar a dispersão, mas soltos a seguir.

De igual modo, confirmou a detenção temporária de dois jornalistas, soltos depois do devido acto de identificação numa esquadra de polícia, tendo prometido a devolução dos meios.

Lamentou o facto de os manifestantes terem tentado forçar o prostesto mesmo depois da proibição do Governo de Luanda, sublinhando que as forças de segurança vão continuar a trabalhar para manter a ordem pública.

A manifestação ficou marcada por confronto entre a PN e os manifestantes, que atearam fogo em pneus e usaram contentores para bloquear algumas vias na avenida Deolinda Rodrigues.

Na sequência dos protestos, a Polícia Nacional cortou a circulação em várias ruas da cidade, para evitar ajuntamentos e fazer cumprir o Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, em vigor no país.

Este Decreto proíbe ajuntamentos na via pública superiores a cinco pessoas, sendo este um dos fundamentos para a proibição da manifestação.

Além desta razão, conforme o Governo de Luanda, alguns pressupostos legais, da parte dos promotores, não estavam reunidos.

Na essência, os manifestantes tentavam protestar contra o aumento do custo de vida e do desemprego em Angola, bem como para exigir do Governo a indicação de uma data precisa para as primeiras eleições autárquicas do país.

Ativista Nito Alves ferido com gravidade na cabeça

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