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Republica Democrática do Congo (RD Congo) e Ruanda acordam “cessar fogo” a partir de 4 de agosto de 2024

A Republica Democrática do Congo (RD Congo) e o Ruanda acordaram hoje em Luanda um cessar-fogo que vai vigorar a partir da meia noite de 4 de agosto de 2024, foi hoje divulgado.

A decisão , divulgada pela secretaria de imprensa da presidência angolana, foi tomada hoje no âmbito da segunda reunião ministerial entre os dois países, mediada por Angola

O cessar-fogo hoje acordado em Luanda será supervisionado pelo Mecanismo de Verificação Ad Hoc reforçado.

Antes do início das conversações, as delegações chefiadas pelos chefes da diplomacia da RD Congo e do Ruanda estiveram no Palácio Presidencial, em Luanda, onde foram recebidas pelo Presidente angolano, João Lourenço, mandatado pela União Africana para mediar o processo de paz  na República Democrática do Congo.

A reunião de hoje, no início da qual o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, apelou a “propostas concretas” e “consensos” para chegar a paz, surgiu na sequência da sessão ministerial realizada a 21 de março último, na qual os três países tinham mostrado acordo sobre a necessidade de cessar as hostilidades.

Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz da ONU (MONUSCO).

No final de 2021, o movimento rebelde M23 e as tropas do exército ruandês avançaram na província do Kivu do Norte, onde derrotaram o exército congolês e os seus aliados, tendo inclusivamente criado um governo paralelo nas zonas que controlam.

Até ao final do ano passado, as autoridades ruandesas negaram publicamente ter colocado o seu exército ao lado dos rebeldes do M23, mas desde o início deste ano que Kigali não tem desmentido a informação.

Há vários meses que os Estados Unidos, a França, a Bélgica e a União Europeia pedem ao Ruanda que retire as suas tropas e o seu equipamento militar do território congolês e que acabe com o apoio ao M23, mas os pedidos não foram, até agora, atendidos.

O Ruanda e o M23 acusam o exército congolês de cooperar com as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), fundadas em 2000 por líderes do genocídio de 1994 e outros ruandeses (hutus) exilados na RDCongo para recuperar o poder político no seu país.

 

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