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A luta do Governo angolano para recuperar “milhões de dólares desviados” do erário público por dirigentes do país

O Procurador-Geral da República (PGR) de Angola encontra-se em Genebra a tentar a recuperação de milhões de dólares depositados pelo empresário luso-angolano Carlos São Vicente.

As autoridades judiciais angolanas continuam a tentar recuperar milhões de dólares desviados do erário público por dirigentes do país, na sua maioria durante o mandato do antigo Presidente José Eduardo dos Santos.

Entretanto, analistas políticos e juristas em Luanda admitem que a recuperação de ativos pode atropelar direitos fundamentais.

Essa tentativa de recuperação dos ativos do Estado angolano, supostamente domiciliados no exterior do país, está a dividir as opiniões de vários especialistas e a levantar outras questões mais profundas, sobretudo no fórum constitucional.

Em causa está o facto de uma alta delegação da Procuradoria-Geral da República estar em Genebra, Suíça, onde suspeita-se da existência de “vários milhões de dólares depositados ilegalmente”, para, junto das autoridades daquele país, discutir o assunto.

Na agenda do Procurador-Geral da República, Hélder Pitra Grós, estão milhões de dólares depositados pelo empresário Carlos São Vicente, condenado e a cumprir pena de nove anos de prisão em Luanda.

No passado mês de abril, “o Presidente da República, João Lourenço, nas vestes de líder do MPLA, disse que o país está a tentar recuperar, mas sem sucesso, ativos de quase dois mil milhões de dólares do empresário luso-angolano.

A maioria dos especialistas contactados pela FMFWorld.Org™ é unânime em concluir que que o Governo angolano poderá não terá sucesso nesta sua investida de recuperação de ativos domiciliados no exterior do país.

Em Luanda, a FMFWorld.Org™ falou com os juristas Manuel Cangundo e William Tonet e o analista político Albino Pakisi.

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