O Japão vai emprestar 668,1 milhões de dólares para apoiar cerca de 37 países africanos através do Fundo Africano de Desenvolvimento. O Japão é o quinto maior contribuinte deste fundo de apoio.
A Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) anunciou esta quarta-feira que emprestou 668,1 milhões de dólares para apoiar a reconstituição do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD), o braço concessional do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
“O empréstimo concessional vai apoiar a 15.ª reconstituição do FAD, aprovado em dezembro de 2019 pelos países doadores”, lê-se no comunicado do BAD enviado à Lusa, no qual se acrescenta que o embaixador japonês na Costa do Marfim, a sede do banco, salientou que “o empréstimo deverá apoiar o Fundo na execução de financiamentos concessionais e empréstimos para os países africanos que enfrentam desafios causados pela pandemia de Covid-19 e contribuir para o desenvolvimento social e económico desses países”.
Segundo Kuramitsu Hideaki, que representa o quinto maior contribuinte para o Fundo em termos cumulativos, o empréstimo de 668,1 milhões de dólares, cerca de 553 milhões de euros, faz parte do compromisso do Japão na promoção do desenvolvimento de recursos humanos e industriais, inovação e investimento, procurando investimentos na infraestrutura de qualidade para melhorar a conectividade, e dá seguimento ao acordado na TICAD VII (a reunião entre o Japão e os países africanos), que se realizou em agosto de 2019.
Durante o encontro virtual de assinatura do acordo, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, salientou a profundidade da parceria com o Japão, que já contribuiu com 4,6 mil milhões de dólares, o equivalente a 3,8 mil milhões de euros.
Esta é a continuação do forte de papel de liderança que o Japão tem desempenhado na facilitação de empréstimos concessionais ao Fundo, continuando a acrescentar um grande valor aos ciclos de reconstituição do Fundo”, disse o banqueiro.
“No final de 2022, o Fundo deverá ter mudado a vida de milhões de africanos em 37 países, em particular os estados mais frágeis que precisam de mais ajuda, graças às contribuições de 32 Estados-membros do BAD”, lê-se ainda no comunicado.